ATA DA CENTÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
19-11-2007.
Aos dezenove dias do mês
de novembro do ano de dois mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão,
Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D'Avila e Sebastião
Melo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos
os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell,
Alceu Brasinha, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Marcelo Danéris,
Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher,
Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os
Pedidos de Providência nos 5070 e 5071/07; pelo Vereador Guilherme
Barbosa, o Pedido de Providência nº 5069/07; pelo Vereador João Carlos Nedel, a
Indicação nº 152/07 (Processo nº 8861/07) e os Pedidos de Providência nos
5064 a 5068/07; pela Vereadora Margarete Moraes, o Pedido de Informação nº
196/07 (Processo nº 8920/07). Também, foi apregoado o Ofício nº 1491/07, do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo
nº 030/07 (Processo nº 8823/07). Ainda, foram apregoados os Memorandos nos
440 e 441/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as
Representações Externas, respectivamente: da Vereadora Neuza Canabarro, no dia
quinze de novembro do corrente, nas festividades do “98º Grande Prêmio Bento
Gonçalves”, às quatorze horas, no Jockey Club do Rio Grande do Sul, em Porto
Alegre; do Vereador Bernardino Vendruscolo, hoje, na Sessão Magna Pública
comemorativa ao centésimo septuagésimo aniversário da Brigada Militar, às
dezenove horas e quarenta e cinco minutos, no Templo Nobre Caldas Júnior do
Grande Oriente do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram:
Ofícios nos 3185, 3196, 3418 e 3510/07, do Fundo Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde; 2854/07, do Senhor Ricardo Quijano Gomes Ferreira,
Gerente de Engenharia da Gerência de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica
Federal – CEF –; e Ofício s/nº, da Câmara dos Deputados. A seguir, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Carlos Norberto
Ricacheski de Vasconcellos, Presidente da Organização Não Governamental
Ecologia & Consciência, que discorreu acerca do trabalho desenvolvido pela
entidade presidida por Sua Senhoria, o qual propõe medidas de educação para a
reciclagem do lixo. Nesse sentido, apresentou avanços conquistados recentemente
na área da tecnologia da reciclagem de resíduos e salientou a necessidade de
conscientização da população acerca da importância de que a separação do lixo
seja feita de forma adequada. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento,
os Vereadores José Ismael Heinen, Maristela Maffei, Ervino Besson, Dr. Raul,
Luiz Braz, Maria Luiza, Clênia Maranhão e Carlos Todeschini manifestaram-se
acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e quarenta
e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às quatorze horas e quarenta e seis minutos, constatada a existência de quórum.
Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Dr. Goulart discursou sobre a importância do
planejamento familiar na sociedade brasileira contemporânea, referindo-se a
iniciativas desenvolvidas nessa área por órgãos governamentais e entidades
civis. Em relação ao assunto, elogiou o Projeto de Lei do Legislativo nº
090/05, que autoriza a criação do Centro Integrado de Planejamento Familiar, e
analisou métodos contraceptivos atualmente disponibilizados à população
porto-alegrense. O Vereador Claudio Sebenelo rechaçou o fato de que servidores
do Grupo Hospitalar Conceição – GHC –, eleitos para ocuparem cargos de chefia,
não foram nomeados para essas funções, em razão de estarem movendo processos
judiciais trabalhistas contra essa instituição. Nesse contexto, afirmou que tal
medida da Direção do GHC fere direitos garantidos pela Constituição Federal,
cobrando dessa entidade a revisão de sua postura em relação a esses
funcionários. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Luiz Braz divergiu da rejeição, pela Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, do Projeto de Lei nº 389/07,
afirmando que essa proposta era importante na tentativa de recuperação
econômica do Estado. Sobre o tema, desaprovou a postura dos Deputados Estaduais
de Partidos que compõem a base de apoio ao Governo e que votaram contrariamente
ou optaram por se abster na apreciação dessa matéria. O Vereador Dr. Raul
comemorou a aprovação da Emenda Constitucional nº 29, a qual altera
regulamentos referentes aos recursos a serem destinados ao sistema público de
saúde pelos Governos Federal, Estaduais e Municipais. Além disso, pronunciou-se
acerca da implantação, em Porto Alegre, de medidas voltadas ao planejamento familiar,
considerando altamente importante a criação do Centro Integrado e do Conselho
Municipal do Planejamento Familiar. O Vereador João Carlos Nedel destacou as
políticas do Governo Municipal para o desenvolvimento do turismo, analisando a
importância da criação da Secretaria Municipal do Turismo e enfatizando as potencialidades
que a Cidade apresenta nessa área. Nesse aspecto, mencionou a necessidade de
apoio deste Legislativo nas ações promovidas pelo Executivo e pela iniciativa
privada em prol da implementação de projetos que fortaleçam o turismo em Porto
Alegre. A Vereadora Margarete Moraes discutiu problemas enfrentados pela
Governadora Yeda Crusius para administrar o Rio Grande do Sul, criticando propostas
do Executivo Estadual enviadas à Assembléia Legislativa, especialmente aquelas
que permitem a terceirização de serviços públicos. Ainda, elogiou o envio, pelo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao Congresso Nacional, de Projeto de Lei para a criação de Fundações Estatais para gerenciamento dos serviços
públicos. O Vereador Ervino Besson convidou todos para a 23ª Festa do Pêssego
de Porto Alegre e 16ª Festa Estadual do Pêssego, abertas oficialmente no dia
dezessete de novembro do corrente, no Bairro Vila Nova. Sobre o assunto,
relatou atividades econômicas e culturais que integram esse evento, salientando
a importância do incentivo à produção agrícola e ao agronegócio, tendo em vista
o retorno que projetos dessa natureza apresentam em termos de geração de
emprego e renda. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 246, 251, 262, 266, 270 e 271/07,
o Projeto de Lei do Executivo nº 026/07, discutido pelos Vereadores Guilherme
Barbosa, Carlos Todeschini, Carlos Comassetto, Margarete Moraes e José Ismael
Heinen; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 206,
239, 258, 259, 261, 141/07, este discutido pelo Vereador José Ismael Heinen, e
237/07, discutido pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador José Ismael
Heinen; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 188,
264, 267, 272 e 242/07, este discutido pela Vereadora Margarete Moraes. Na
ocasião, foram apregoados os Memorandos nos 444 e 445/07, firmados
pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre,
por meio dos quais Sua Excelência informa as Representações Externas, respectivamente:
do Vereador Aldacir Oliboni, hoje, na cerimônia de abertura da Semana da
Consciência Negra, proposta pela Empresa de Correios e Telégrafos, às dezoito
horas, no Auditório do Complexo Operacional de Cartas dos Correios do Rio
Grande do Sul, na Avenida Sertório, em Porto Alegre; do Vereador Adeli Sell, no
dia vinte e um de novembro do corrente, na reunião-almoço “Tá na Mesa” da Federação
das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul – FEDERASUL –, às
doze horas e quinze minutos, na sede dessa entidade, em Porto Alegre. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha enalteceu o trabalho social
desenvolvido pela Brigada Militar, citando ações dessa instituição junto a grupos
carentes da região do Extremo Sul de Porto Alegre. Também, abordou o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 020/07, de sua autoria, referente ao horário
de funcionamento de bares e similares da Cidade, e, finalizando, elogiou a
gestão do Senhor Idenir Cecchim à frente da Secretaria Municipal de Produção,
Indústria e Comércio. O Vereador José Ismael Heinen analisou a conjuntura
econômica observada no Rio Grande do Sul, comentando a rejeição, pela Assembléia
Legislativa do Estado, do Projeto de Lei nº 389/07, que altera índices
tributários vigentes. Da mesma forma, asseverou que medidas para solução de
problemas econômicos e sociais do Estado devem partir não do aumento de
impostos, mas da redução de gastos, otimização de recursos e cobranças de
valores devidos ao Estado pelo Governo Federal. Após, foi apregoado o Memorando
nº 448/07, firmado pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara Municipal
de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação
Externa do Vereador Carlos Comassetto, amanhã, na exibição do documentário “A
Tradição do Bará do Mercado”, às quinze horas e trinta minutos, nos Altos do
Mercado Público, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João
Carlos Nedel registrou o transcurso, hoje, do Dia da Bandeira e parabenizou o
Poder Executivo e a comunidade do Bairro Vila Nova pela realização da 23ª Festa
do Pêssego de Porto Alegre e 16ª Festa Estadual do Pêssego. Ainda, cumprimentou
a Mesa Diretora desta Casa por ter mantido expediente normal de trabalho no dia
dezesseis de novembro do corrente, questionando o ponto facultativo estabelecido
nessa data pelos Governos Municipal, Estadual e Federal. A Vereadora Sofia
Cavedon pronunciou-se quanto à rejeição, pela Assembléia Legislativa do Estado,
do Projeto de Lei nº 389/07, afirmando que essa iniciativa contraria afirmações
feitas pela Governadora Yeda Crusius quando em campanha eleitoral, de que sua
política econômica não seria embasada em aumento de impostos. Nesse sentido,
criticou o Governo Estadual, analisando, principalmente, questões relativas a
verbas e programas direcionados às áreas da saúde, educação e segurança
pública. O Vereador Claudio Sebenelo traçou um comparativo entre os Governos do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Governadora Yeda Crusius em relação à
questão tributária, afirmando que o Partido dos Trabalhadores, quando no
Executivo, também propõe reajustes de impostos. Nesse contexto, defendeu a
gestão atual do Estado, citando como exemplo os recursos destinados à educação
e os esforços para saneamento da saúde pública no Rio Grande do Sul. A
Vereadora Clênia Maranhão convidou todos para o encontro internacional “Sistema
Intermunicipal de Capacitação em Planejamento da Gestão Local Participativa”,
promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Ainda, elogiou os mutirões
realizados para a recuperação dos Postos de Saúde da Cidade e, finalizando,
abordou as políticas públicas municipais para o atendimento à infância na região
das Ilhas, mencionando a importância da educação infantil, especialmente na
faixa de zero a seis anos. O Vereador Ervino Besson manifestou-se criticamente
acerca da realização, no Município de Vale Verde, no interior gaúcho, de
espetáculo público onde bois são presos por uma canga e maltratados enquanto as
pessoas fazem apostas para saber qual animal cairá primeiro. Nesse sentido,
propugnou pela manifestação da Justiça em relação a esse fato, justificando
que, em pleno século XXI, não é possível um acontecimento com essas
características. Às dezesseis horas e cinqüenta e um minutos, constatada a
inexistência de quórum para ingresso da Ordem do Dia, a Senhora Presidenta
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelas Vereadoras Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Neuza
Canabarro e secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e João Carlos Nedel.
Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Passamos
à
O Sr. Carlos Norberto
Ricacheski de Vasconcellos, representando a ONG Ecologia & Consciência -
ECOconsciência -, está com a palavra para tratar de assunto relativo à
reciclagem e ao meio ambiente, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O
SR. CARLOS NORBERTO RICACHESKI DE VASCONCELLOS: Exma Srª Presidenta da Câmara
de Vereadores de Porto Alegre, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, eu represento a ONG ECOconsciência, Estudos Ambientais &
Negócios Sustentáveis. Temos por foco o gerenciamento de resíduos sólidos tanto
industrial como comercial e domiciliar. A nossa vinda a esta Casa é para
apresentar a nossa ONG, queremos pedir aos senhores que, juntos, possamos fomentar
a coleta seletiva em Porto Alegre. Nos trabalhos que realizamos junto a
condomínios, verificamos que a separação dos resíduos não está sendo feita
pelos moradores de forma satisfatória. A nossa ONG trabalha na parte de
reciclagem, trabalha com materiais recicláveis. Todo esse material que não está
sendo aproveitado, que está sendo jogado no lixo acaba não gerando riqueza, não
gerando trabalho para a população. Hoje alguns materiais já estão sendo
reciclados. Até ontem não existia tanto material sendo reciclado. Hoje a
tecnologia está cada vez mais rápida, e estamos conseguindo, em parceria com a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o Departamento químico, com os
professores-doutores que compõem aquele departamento, buscar novas soluções
para esses materiais.
Nos
dias de hoje, temos a nossa caixinha de leite, que até há pouco tempo não tinha
destino, acabava por poluir o meio ambiente, porque tinha plástico, tinha papel
e alumínio. (Mostra a caixinha.) Esta caixinha hoje já tem destinação, já é cem
por cento reciclada: ela sai daqui, vai para a cidade de Canela, onde sofre um
processo em que é tirada a parte de papel, sobrando o plástico e o alumínio. O
papel torna-se material para caixa de papelão; o alumínio e o plástico se
transformam em telha. Essa telha, senhores, está sendo confeccionada no Estado
do Mato Grosso, no Paraná e em São Paulo. Aqui no Rio Grande do Sul não existe
fábrica de telha. E o que acontece? A caixinha acaba tendo pouco valor, pela
distância, pelo seu transporte até o Mato Grosso. Nós estamos, junto com
algumas empresas, tentando trazer para o Rio Grande do Sul duas empresas
fabricantes dessa telha. O que acontecerá? Aumentará o valor agregado desse
material, que hoje não pode mais ser considerado como lixo, e sim como matéria-prima.
Isso trará empregos, renda e melhorará a nossa condição social.
Também
este material pode se transformar em souvenir, pode se transformar em
vassouras, com a parte de cima sendo de caixa de leite e as cerdas de pet.
Então, senhores, existe um valor agregado nesses resíduos sólidos, que hoje,
obrigatoriamente, têm que ser coletados de forma consciente, porque, senão, vai
tudo para o meio ambiente, criando gases e poluindo cada vez mais.
Gostaria
de agradecer ao Ver. Márcio Bins Ely a oportunidade e também parabenizar a
Comissão de Saúde e Meio Ambiente, na presença do seu Presidente, Ver. Dr.
Raul, pelas boas ações que vem desenvolvendo. Temos um material que é para a
participação da coleta seletiva; se os Vereadores dele precisarem, nós o forneceremos
para que passem ao seu público, até porque V. Exas. são os representantes da Cidade.
Foi a Cidade que os elegeu, então o alcance que V. Exas. têm é muito grande.
Verª Maristela Maffei, sei que V. Exª está com o
Projeto das sacolinhas plásticas. Hoje o destino, o descarte correto - isso
hoje, espero que amanhã consigamos uma biodegradável, algo mais tranqüilo que
não polua tanto o meio ambiente -, a separação é fácil, são duas sacolinhas:
uma, daqueles materiais que são descartados; outra, dos rejeitos - papel
higiênico, absorventes, gordura, comida. No caso da gordura, também temos
pessoal buscando esse material nos condomínios. Então, esse problema da mistura
dos materiais reciclados e do orgânico acaba sendo um problema muito grave,
porque é a contaminação do resíduo. Contaminando-se, por exemplo, esta caixinha
com óleo, com restos de comida, esta caixinha de leite começa a perder valor e,
conforme for a contaminação, acaba por não poder mais ser reciclada. Então,
obrigatoriamente, vai para o lixo.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigado, Sr.
Carlos Norberto Ricacheski de Vasconcellos. Convido-o a compor a Mesa.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta da nossa Casa, Verª Maria Celeste; quero cumprimentar o Sr.
Carlos Norberto Ricacheski de Vasconcellos, Presidente da ONG Ecologia &
Consciência, e parabenizar a ONG pelo rumo que tomou, preocupando-se realmente
com um dos mais graves problemas da nossa Cidade, ou seja, de não estarmos
aproveitando o lixo de Porto Alegre. Nós temos batido, aqui na Casa, esse
assunto, temos cidades que nos dão exemplos, onde o problema já foi solucionado
em quase 90%, com altíssima economia de custos, inclusive gerando renda e saúde
para o Município, gerando uma série de coisas para o Município, e a nossa Porto
Alegre está parada há muito tempo, continua parada com relação a esse assunto.
Nossos parabéns e os cumprimentos do Democratas, que também é solidário à
solução desses assuntos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI:
Srª Presidenta, Sr. Carlos Norberto Ricacheski de Vasconcellos, Presidente
desta ONG reconhecida e por nós respeitada. Gostaria de dizer - já que se
referiu, em especial, à questão das sacolas, que é uma parte dessa problemática
toda que vivemos - que há um Substitutivo de minha autoria e do Ver. Bernardino
Vendruscolo ao Projeto de minha autoria que contribuiu muito para a
reorganização do Projeto inicial. Nós já estivemos conversando com vários
segmentos, com as indústrias e o Sindicato da celulose. Estamos agora
discutindo também com os representantes de derivados de petróleo e estaremos
nesta semana representando esta Casa em Caxias do Sul, em um evento que vai
acontecer, para conhecermos um pouco mais da cadeia produtiva, para estarmos
mais qualificados a participar de um embate que não vai ser pequeno. Então, eu
e o Ver. Bernardino lhe passaremos uma cópia desse Substitutivo no sentido de
colaborar, também já queremos o convidar para o Seminário que vamos organizar
nos próximos dias para enriquecer os debates que vamos ter nesta Casa.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, Verª Maria Celeste; Sr. Carlos Norberto de Vansconcellos,
Presidente da ONG Ecologia & Consciência: em nome da Bancada do PDT - em
meu nome, em nome da Verª Neuza Canabarro, do Ver. Nereu D’Avila, do Ver. Mario
Fraga, do Ver. Márcio Bins Ely e do Ver. Mauro Zacher -, quero o parabenizar e
reconhecer esse seu trabalho.
Nós
conhecemos várias ONGs, muitas delas fazendo um trabalho importante, mas a ONG
de vocês, sinceramente, é uma das mais importantes - que eu tenho conhecimento
-, pois presta um relevante trabalho ao nosso meio ambiente, à nossa qualidade
de vida, em prol da conservação dos nossos rios. Inclusive, meu caro Carlos Norberto,
hoje a gente vê as enchentes e o entupimento de esgotos no nosso sistema de
encanamento da Cidade e sabemos que o entupimento se dá pelo lixo que o pessoal
joga nas ruas, como essas caixas de leite; há muitas coisas que entopem e criam
sérios problemas à cidade de Porto Alegre. Portanto, mais uma vez, queremos
parabenizá-lo, foi muito importante o seu pronunciamento, acho que quem ganha
com isso somos nós, com a nossa qualidade de vida. Parabéns pelo seu trabalho.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Exma
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sr. Carlos Vasconcellos, Presidente da ONG
Ecologia & Consciência, eu, como médico, como Presidente neste ano da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa, estou no dia-a-dia procurando
melhorar os mecanismos dos nossos resíduos. Amanhã, ainda, estaremos visitando
o transbordo da Lomba do Pinheiro, enfim, lá do nosso lixo. Sabemos que vamos
avançar - no momento, ambientalmente -, quando conseguirmos tratar de maneira
adequada os nossos resíduos. Para isso, temos que avançar muito na questão da
fiscalização, avançar na coleta seletiva e fazer com que os nossos mecanismos
de educação e de fiscalização da população sejam correspondentes, precisamos
que sejam feitas ações mais bem direcionadas, mais fortes, visando,
cientificamente, à questão da reciclagem. Podemos reciclar praticamente tudo
que não seja orgânico. Então precisamos avançar nesse processo. Se nós não
tivéssemos tecnologia para reciclarmos a nossa água, por exemplo, onde
estaríamos? Se nós não conseguíssemos reaproveitar a nossa água, que é o nosso
bem maior, praticamente não sobreviveríamos, porque não teríamos esse acesso.
Devem o Poder Público, a iniciativa privada, as ONGs, os interessados
executarem uma assistência permanente nessa área.
Podem
contar sempre, aqui nesta Casa, com a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, com a
Bancada do PMDB - com o Ver. Bernardino, com o Ver. Melo, Ver. Professor
Garcia, Ver. Haroldo de Souza e com este Vereador. Estamos associados nesse
processo, tanto na parte de fiscalização como na de divulgação, para que,
realmente, consigamos avançar o mais rápido possível na questão do resíduo, da
coleta seletiva e da reciclagem em Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. LUIZ BRAZ: Existem
alguns materiais que inicialmente são tidos como recicláveis, mas, na verdade,
acabamos por enterrá-los e não conseguimos nos desfazer deles. Aquela
bandejinha de carne vendida nos supermercados é tida como um material
reciclável, mas, na verdade, é um material impossível de ser reciclado, porque
o caldo de carne que fica no interior da bandeja apodrece e contamina todo
aquele material, tornando-o impossível de ser reciclado. Eu acho que aquele
tipo de bandeja deveria ser banido, até porque ela não é fabricada, eu
acredito, por nós aqui no Rio Grande do Sul; ela vem de fora, se não me engano,
do Uruguai.
Mas
existem determinadas situações que estão sendo apresentadas nos últimos tempos
que eu acho que valem a pena ser analisadas. A técnica utilizada no Município
de Dois Irmãos que faz com que os saquinhos de lixo sejam transformados em
material tipo madeira, uma madeira de plástico, dando oportunidade para se
fazer móveis e alguns outros utensílios, eu acho que é uma coisa que nós todos
podemos verificar, porque pode ser uma boa solução.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Verª Maria Luiza está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. MARIA LUIZA: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Sr. Carlos Norberto,
parabéns pela iniciativa, pela preocupação. Comungo com o senhor, quando diz que realmente não temos muito tempo - temos de ter atitude.
Sou
uma assistente social, realizo trabalho voluntário junto às comunidades
carentes e gostaria de trocar idéias, porque na sexta-feira à tarde estaremos
realizando um trabalho junto à comunidade do Chocolatão, em torno de 350
famílias, e temos o maior interesse de fazer um trabalho em parceria com a sua
ONG, até porque atuo há 15 anos, como voluntária, no Terceiro Setor, na área de
educação ambiental.
Então
aproveito, em nome da Bancada do PTB, para parabenizá-lo. E conte conosco, já
temos aqui alguns amigos para agregarmos nessa caminhada. Parabéns. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero saudar o Sr.
Carlos Norberto pela presença. Ele nos traz um dos temas mais importantes que a
humanidade tem de tratar hoje, que é a questão ambiental. Quero parabenizá-lo
pelo trabalho da sua ONG, por todas as informações trazidas a esta Casa.
Acho
extremamente importante, até porque Porto Alegre vive um processo de ampliação
de sua política pública, o aumento da coleta seletiva do lixo, e a gente começa
a ver as ações de reciclagem do óleo de cozinha, por exemplo. A execução desses
processos é sempre mais exitosa quando se desenvolve em parceria com a
comunidade. Evidentemente, todos os projetos de política pública ambiental são
mais rápidos e exitosos quando há o sentimento de governança, quando a
sociedade e o Governo unificam as suas ações. É um discurso absolutamente
contemporâneo, moderno, e ganha Porto Alegre com esse tipo de alternativa.
Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, cumprimento o Sr.
Carlos Norberto; falo em nome da nossa Bancada - do nosso Líder, Ver. Adeli
Sell; da nossa Vice-Líder, Verª Margarete; dos Vereadores Comassetto, Sofia,
Oliboni, Marcelo, Guilherme Barbosa; também da nossa Presidenta, que é membro
da nossa Bancada. Queremos saudar a ONG Ecologia & Consciência -
ECOconsciência, por trazer essas preocupações aqui a esta Casa. No entanto, é
bom ressaltar que Porto Alegre foi líder, foi modelo de experiência em
reciclagem de lixo, de resíduos sólidos, fez escola em todo o Brasil, é daí que
surgiram as mais de quinhentas famílias que trabalham nos galpões de
reciclagem. Infelizmente, nós temos tido um grande retrocesso nesses últimos
três anos da atual Administração, que abandonou, que desmontou o trabalho que
estava andando, e nós precisamos fazer com que aquilo que já foi conquista da
Cidade volte a ser o padrão. Muito obrigado e parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Não
havendo mais nenhuma Bancada para se manifestar, encerramos o período da
Tribuna Popular. Agradecemos
a presença do Sr. Carlos Vasconcellos, Presidente da ONG Ecologia &
Consciência. Suspendo a Sessão para as despedidas.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h43min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro – às 14h46min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
ao
O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. DR. GOULART: Prezada
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
o Brasil viveu uma época de glamour no planejamento familiar quando
determinados grupos internacionais, mormente americanos, incentivaram o
planejamento familiar através de instituições tipo Bemfam. Esses grupos
estimularam o uso do dispositivo intra-uterino, o DIU, e depois, através da
doação de aparelhos endoscópicos, a
ligadura de trompas. Houve esse glamour por muitos anos, e as
autoridades começaram a dizer e provar e mostrar que o índice de natalidade
como um todo no Brasil caíra. E caiu muito, caíra até de maneira preocupante,
visto que mão-de-obra tem que ser uma das definições dos programas de produção
para que os homens e mulheres que vão viver mais também possam ser sustentados quando da sua
aposentadoria. Lógico, não se tem que dizimar a população de um país, nem de
maneira não-bélica. Para isso, o SUS estudou bastante a problemática e criou o
Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o PAISM, de assistência
materno-infantil, que colocava o planejamento familiar como uma das suas
atenções importantes. O PAISM nunca se efetivou absolutamente no SUS. Nunca se
efetivou.
Por
que é importante o planejamento familiar? Por que ele é importante? Porque é
uma alavanca, é uma muleta, é uma ajuda para as pessoas que querem fazer o
planejamento familiar. Aqui no Brasil não temos controle da natalidade; temos,
segundo o Governo, o dito planejamento familiar, ou seja, as pessoas escolhem o
número de filhos que querem ter.
O
que sabemos? Que uma mulher que mora nas regiões mais centrais das cidades,
principalmente nas áreas metropolitanas, estuda mais e tem menos filhos, ou
seja, as mulheres terminam o curso universitário e têm um ou dois filhos. É
interessante, existem mulheres que querem fazer a universidade, com
pós-graduação, com mestrado e doutorado, e às vezes nem têm filhos, ou se
cuidam de maneira que começam a ter filhos a partir dos 40 anos. E este uma
problemática nova dentro da Saúde: a mulher que decide ter filhos com 40 anos,
portanto, primigesta idosa, o que traz alguns problemas para uma gestação,
sendo uma gestação de cuidados maiores - não vou dizer de risco, mas de
cuidados maiores.
Existe um outro tipo de mulher: a que freqüenta as
áreas ao redor da Região Metropolitana - as vilas. São as mulheres que não
estudam e que têm seis filhos; são as mulheres que não estudam e têm cinco
filhos, oito filhos, sete filhos, mostrando que a educação há de ser uma
redenção do País. Quanto mais mulheres estiverem estudando, menos filhos elas
terão; e aí já existe um controle natural da natalidade, através de uma mulher
educada, de uma mulher mais culta. As mulheres que, infelizmente, são mais
pobres e que não estudam... E olha que não estudar não significa ser pobre. Mas
as mulheres mais pobres têm menos chance de estudar, acabam não tendo chances de se cuidar e
têm muitos filhos. Para essas mulheres, para os grandes bolsões populares ao
redor da grande metrópole, da cidade, é que se deve dirigir o planejamento
familiar.
E,
aí, nós temos que saudar o Projeto do Ver. Raul Fraga, que nos fala em
planejamento familiar. E nos fala mais: num Centro de Planejamento Familiar,
talvez indicando o local em que o planejamento familiar há de ser uma redenção
para as populações que aos 27 anos têm sete filhos, cinco filhos, como duas
pacientes que eu atendi hoje de manhã. Então, eu quero saudar esse trabalho do
Ver. Dr. Raul Fraga, que está se identificando com o planejamento familiar da
Cidade. A figura de Fraga fica, agora, ligada ao planejamento familiar, uma vez
que ele tem apresentado Projetos bons nesse sentido.
O
problema é que a unidade básica de saúde tem que absorver esse programa o mais
breve possível, porque as unidades básicas de saúde, os postinhos, ficam dando
pílula anticoncepcional e, às vezes, dão pílula anticoncepcional para uma
mulher que não toma, porque tem enjôo, ou porque vomita, ou porque se esquece, ou
porque tem alterações psicológicas que não permitem que haja atenção para isso.
Se, por acaso, elas tomam injeção, que esquecem menos, a injeção traz muitas
alterações na menstruação; as mulheres abandonam esse método com facilidade.
Então, as unidades básicas têm que estar preparadas para indicar três outras
grandes soluções: o dispositivo intra-uterino - o DIU -, a ligadura de trompas
e a vasectomia. A ligadura de trompas ainda existe em unidades como o
Presidente Vargas, o Fêmina e o Conceição. E a vasectomia? Onde é que se faz?
Temos que ter essa indicação.
O
Sr. Ervino Besson: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Goulart, primeiramente,
quero agradecer a V. Exª o aparte. Em segundo lugar, V. Exª parabenizou o
colega Ver. Raul Fraga, e eu vou mais além um pouco. Eu quero parabenizar V.
Exª e o Ver. Dr. Raul, que são médicos de ponta, médicos que vivem o dia-a-dia
dessa problemática. Que bom que V. Exª defende com tanta galhardia, com tanto
conhecimento essa área, Vereador! Eu acho que a Cidade como um todo tem que
agradecer por essa luta de vocês, V. Exas. devem ter reconhecimento pelo
extraordinário trabalho que prestam à nossa população. Um grande abraço,
Vereador!
O
SR. DR. GOULART: Muito
obrigado, agradeço a sua simpatia pelo programa; o apoio de um Vereador para o
programa é sempre um engrandecimento e um sinal de sucesso.
Então,
as unidades de saúde precisam com facilidade identificar onde é que se faz
vasectomia. Precisam ampliar onde é que se faz ligadura de trompas. Precisam
saber colocar dispositivo intra-uterino.
Por
que eu não falo do Implanon? O Implanon é um implante de hormônios feito
subcutaneamente, embaixo da pele. Eu sabia que - mesmo sendo o único Vereador
que o defendeu aqui, naquela Audiência Pública - ele tinha vida curta, porque
foi um sonho que aconteceu na Saúde Pública. Uma ONG mandou três mil implantes,
e esses três mil implantes já desapareceram. Não há mais implantes para
colocar, Ver. Barbosa.
O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte?
O SR. DR. GOULART: Sim, meu querido Ver. Fraga, o homem que está se preocupando muito
com o planejamento familiar.
O
Sr. Dr. Raul: Saúdo V.
Exª por essa nossa mútua preocupação. Em relação ao Implanon, naquela Audiência
eu também defendi esse implante.
O
SR. DR. GOULART: É
verdade.
O
Sr. Dr. Raul: Acho que é
um método importante, e esses Projetos que existem é no sentido de fechar a
idéia das pessoas, fechar no sentido de dar uma massa crítica para que as
coisas realmente aconteçam. Além do Projeto do Centro de Planejamento Familiar
- que eu acho extremamente relevante, porque hoje isso fica meio solto na
Cidade -, nós precisamos que haja educação, haja orientação nas unidades
básicas, mas fechando de uma maneira objetiva através do Centro de Planejamento
e também do Conselho Municipal de Planejamento Familiar, para que essas ações
sejam estrategicamente definidas e acordadas pela sociedade. E também com a
implantação de um protocolo de intenções, para que a sociedade civil possa se
fazer presente nesse processo. Obrigado.
O
SR. DR. GOULART:
Obrigado.
A
Srª Sofia Cavedon: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Goulart, eu gostaria que
o senhor acrescentasse em suas preocupações a permanente falta de
contraceptivos para entregar às pessoas, às mulheres que são acompanhadas nos
postos de saúde. Eu soube, ainda sexta-feira, que nem aquele injetável que as
mulheres mais prejudicadas - às vezes drogadas - precisam ter está
disponibilizado. Até camisinhas estão faltando nos postos de saúde. Quer dizer,
as questões mais simples o Governo Fogaça não está garantindo.
O
SR. DR. GOULART: Está
bem, acolho, e já lhe dou satisfação. Primeiro, vou ouvir a Verª Clênia
Maranhão.
A
Srª Clênia Maranhão: É
uma pena que a Vereadora não tenha participado do debate que o Movimento de
Mulheres fez nesta Casa, na Comissão de Saúde, onde ficou claro que a compra
dos contraceptivos brasileiros, infelizmente, é feita de forma extremamente
concentrada pelo Governo Federal. Esta Casa, inclusive, fez uma Moção de
Repúdio a esse grau de centralização, que prejudica muito as mulheres de todos
os Municípios brasileiros. O responsável por isso é o Ministério da Saúde.
A
Srª Sofia Cavedon: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Goulart, apenas para
recolocar a verdade. Eu participei do debate, sei que há um problema federal,
mas há um problema grave, Verª Clênia Maranhão, de gestão. Porque é baratíssimo
para o Município se precaver e garantir essa entrega. Está interrompido um
processo muito delicado.
A
Srª Clênia Maranhão: No
Brasil inteiro, por incompetência do Ministério da Saúde.
A
Srª Sofia Cavedon: Não é
no Brasil inteiro, porque eu conversei com o Deputado Federal Pepe Vargas, e o
problema está em Porto Alegre, que não se antecipou e não solicitou o necessário.
O
SR. DR. GOULART: É bom
que haja essa discussão, é bom que se preocupem com isso, é bom que existam
dois pontos de vista, porque, quanto mais nós falarmos em planejamento
familiar, mais as mulheres vão ser atendidas e protegidas. Vamos acolher o que
disse a Verª Clênia Maranhão também e depois trazer a explicação para a Verª
Sofia Cavedon.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Dr. Goulart.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Grande Expediente, por cessão de
tempo do Ver. Dr. Raul.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Srs. Vereadores, eu queria concordar com a
Verª Sofia Cavedon: realmente é um problema de gestão, só que é de gestão do
Ministério da Saúde. O Ministério da Saúde tem muito a ver com o
contingenciamento de verbas, esqueceu de comprar medicamentos em algumas áreas
já há bastante tempo. Seis bilhões foram contingenciados no início deste ano.
Mas
eu venho à tribuna hoje para falar de um assunto que me preocupa muito - eu já
havia falado para a Verª Maristela Maffei -, que é a administração do Grupo
Hospitalar Conceição. Estão administrando o Grupo a Superintendente Jussara
Cony, do PCdoB; o Dr. Barichello, do PT, e o Dr. Ivo Leuck Jr., do PMDB. Nesse acordo
foram feitas várias propostas, algumas delas muito boas. Por exemplo, acabou-se
aquela vergonha nacional que era nossa emergência por um trabalho muito
bem-feito por um grupo inteiro, e instalou-se, para nossa alegria, a eleição
das chefias. As chefias foram eleitas e passaram para a instância superior para
serem nomeadas. Qual não foi o nosso desencanto, Verª Maria Luiza, quando,
eleitas as pessoas pela comunidade, foi negada a nomeação porque elas tinham
uma acusação que a Direção considera grave: elas têm um processo na Justiça do
Trabalho por divergências trabalhistas. Ora, isto está assegurado na Declaração
de Direitos Humanos, na Constituição Brasileira e no bom senso da sociedade
toda: não pode haver nenhum veto pelo fato de uma pessoa estar com uma lide trabalhista;
isso não impede a pessoa de assumir absolutamente nada, porque esse é um
direito do ser humano, direito não só à reclamatória trabalhista como também,
se vencer a reclamatória, a receber aquilo que lhe era sonegado pelo patrão.
Tivemos a surpresa, evidentemente desagradável, no
sentido de que essas pessoas, Ver. Dr. Goulart, que têm reclamatória
trabalhista não podem assumir Funções Gratificadas e Cargos em Comissão dentro
do Grupo Hospitalar Conceição. Inclusive isso é uma discriminação insuportável
do ponto de vista trabalhista. Se o Partido dos Trabalhadores e o Partido
Comunista do Brasil foram os primeiros a defender o trabalhador, e o Partido
Trabalhista Brasileiro também, por que agora estão contra? É um direito
trabalhista que pode ser negociado, que pode ser minimizado, pode haver acordo
na Justiça do Trabalho ou fora da Justiça do Trabalho, pode haver inclusive a
retirada de alguns processos, desde que haja uma conversação. Mas que não haja
esse veto, que não haja essa discriminação, e, por maiores que sejam, o
percentual de aprovação é muito pequeno.
Então, nós achamos que isso é uma discriminação, e
uma discriminação que é inaceitável
quando parte do Partido dos Trabalhadores e do Partido Comunista do Brasil. E o
que é pior - e aí nós começamos a entender o veto: paira no ar uma ameaça de
que aqueles serviços que não terão as suas chefias nomeadas pela existência de
reclamatória trabalhista por parte dos seus titulares serão ocupados por
pessoas de fora do Grupo Hospitalar, pessoas com funções gratificadas e funções
de CCs, quando temos lá o que há de melhor, o que há de mais bem-informado, o
que há de mais estruturado do ponto de vista de excelência técnica. Não
precisam buscar na rua! Se for essa a desculpa, nós achamos que, por trás dessa
desculpa, há uma necessidade partidária de nomeações de fora do Grupo
Hospitalar.
E nós pediríamos encarecidamente à Direção que
revisasse esse ponto de vista, que não mais incidisse sobre esse ponto de
vista; pediríamos, principalmente, que debatessem - as pessoas que são responsáveis pelo Grupo Hospitalar -, junto
àqueles funcionários, uma forma de não
só minimizar a dívida ativa trabalhista como também de estruturar e estabilizar
as questões de mando. Porque os funcionários do Grupo Hospitalar - isso já foi
dito ao Diretor Dr. Paulo Bobek - querem trabalhar na santa paz de Deus, nós
não queremos enfrentamento nenhum com a Direção do Grupo Hospitalar; achamos,
inclusive, que essa Direção tem tido momentos administrativos muito bons. E não
é uma situação dessa que vai empanar não só o brilho da administração, mas
principalmente uma relação que vem se construindo de uma maneira civilizada,
educada, equilibrada; mas nós precisamos ultrapassar esse óbice.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte?
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Quero lhe
ouvir, Ver. Carlos Comassetto, com todo o prazer.
O Sr. Carlos Comassetto: Dr. Sebenelo,
prezado colega Vereador, é a segunda ou terceira vez, nos últimos dias, que V.
Exª traz esse tema para o debate. Quero fazer aqui um contraponto
principalmente com relação ao último período, que foi a Administração do PT,
com o nosso ex-Presidente da Câmara João Motta, que coordenou o GHC. Quero
fazer uma comparação, obviamente, com o período em que V. Exª esteve lá também
como Superintendente. No período do Ver. João Motta, a administração do Grupo
Hospitalar Conceição foi adequada às normas do SUS, criando-se a Ouvidoria e o
Conselho Gestor. E, por eleições diretas, os funcionários passaram a ter
assento no Conselho de Administração, coisa que na sua época não havia,
portanto acho que, na democracia, houve um avanço, acho que essa comparação tem
de ser feita.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Não, mas eu
não estou falando mal...
O Sr. Carlos
Comassetto: Mas não é nem uma questão de falar mal, nós estamos discutindo um
conceito, uma elaboração, uma dinâmica.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sim, mas eu
quero lhe dizer que não há agora, por exemplo, o Fórum da Democracia. E lá
havia o Fórum da Democracia, do qual toda a comunidade participativa. Criado
sabe por quem? Por este Vereador e pelo Ver. Juarez Pinheiro. Nós criamos o
Fórum da Democracia. Não tem agora o que tinha antes. Não quero estabelecer comparações.
Inclusive, eu tenho elogios a fazer a esta Direção no mais alto sentido. Só
acho que essa questão passa a ser discriminadora, entendeu, Ver. Carlos
Comassetto? Ela passou a ser discriminadora na medida em que, na Declaração dos
Direitos Humanos, a Constituição Brasileira explicitamente reza e assegura esse
direito às pessoas, sem que possam perder qualquer outra coisa. E, ao
contrário, no momento em que alegarem isso, isso é considerado assédio moral,
para retirar de um processo, que é um direito também das pessoas. Como eu acho
que isso pode melhorar as relações humanas e como até hoje eu não obtive
respostas, as quais são sempre no sentido de serem muitos os casos, pode haver
150 mil casos lá, mas a lide trabalhista vai desfazer, no máximo, 10%, e 90%
dos funcionários, certamente, não terão ganho de causa. Obrigada, Srª
Presidente; obrigado, Ver. Comassetto pelo aparte.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Ver. Sebenelo. Encerrado o período do Grande Expediente.
Passamos
às
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores,
em primeiro lugar eu quero agradecer ao Ver. Almerindo Filho a cedência do
tempo. Aos meus amigos do PTB, muito obrigado pela cedência do tempo que me faz
o Ver. Almerindo Filho. Em segundo lugar, gostaria muito de dar a minha opinião
com relação à crise do Estado, por isso resolvi escrever aquilo que penso a
respeito dessa crise e manifestar a minha opinião.
Acredito
que, como sociedade, todos fomos derrotados no episódio em que a Assembléia
Legislativa votou e derrotou o chamado Plano de Recuperação do Estado. Estamos
à beira da falência e necessitamos de medidas drásticas para interromper a
marcha da economia rumo a um abismo catastrófico e amedrontador. Por isso,
desde o primeiro momento, apoiamos as medidas propostas pela Governadora Yeda
Crusius para retirar o Rio Grande do Sul do atoleiro. A derrota ou a vitória -
nem uma, nem a outra - podem ser recebidas como surpresa em um embate político.
Mas como alguém poderia prever que o Governo perderia por 34 votos a zero? Em
primeiro lugar, a oposição não possui 34 Deputados; em segundo, as hostess
do Piratini contam hoje com uma alargada base de aliados. Que aliados são esses
que, no momento mais difícil por que passa a Governadora, partem em adesão ao
campo oposicionista ou batem em retirada? São aqueles mesmos que não foram
tímidos nem hesitantes no momento de sorverem os benefícios oferecidos pelo
poder, ou foram os mesmos que, em outros tempos, também não se mostraram
criativos ou corajosos na defesa da coisa pública, são esses mesmos. Esses
Parlamentares, Verª Sofia Cavedon, que se omitiram da votação ou que votaram
com contrários ao Governo me causaram a impressão de que estamos muito mal
representados como sociedade, pois não houve nenhuma dignidade na atitude que
resolveram tomar. Os outros, os que são realmente da oposição, eu os
compreendo, pois eles estavam, mais uma vez, tomando lado em um jogo político,
em que o interesse público nunca aparece como principal motivação, em batalhas
em que o grande troféu pretendido é a pura conquista do poder, e, para
consegui-lo, faz-se necessário o enfraquecimento de quem está com a sua posse.
A
oposição à que me refiro é composta pelo PT, pelo PCdoB, pelo DEM e pelo PSB,
pois esses, por livre e espontânea vontade, não possuem nenhum cargo ou
benefício do poder. Então, esses realmente estão na oposição. O DEM conquistou
um cargo que é da Vice-Governança, mas, mesmo antes das eleições, não escondia
as suas convicções contrárias às medidas buscadas pela Governadora para
solucionar a crise fiscal. Com toda a certeza, houve um erro político na
confecção da chapa que concorreu ao Governo do Estado. O PSDB está pagando por
isso. O Vice, Feijó, sempre foi muito claro nas suas posições relacionadas aos
aumentos de tributos, por isso não pode ser culpado de nada. O PT foi vitorioso
no seu jogo político, contrariando interesses do conjunto da sociedade, mas não
podendo ser acusado de estar cometendo alguma heresia política, porque quem
conhece o PT não pode esperar dele uma outra atitude. O PCdoB, proprietário de
uma ideologia que já fez milhares de vítimas desde a sua criação, mas, se a
nossa democracia aceita-o como legal, quem somos nós para contestar? Resta-nos
lamentar pelos nossos, a tal base aliada. Essa não tem desculpa, pois para que
aliado? Só para lastrear-se com benefícios ou para ajudar nos festejos das
vitórias? Aliados assim são perigosos, pois estão dentro da mesma trincheira e,
sendo assim, são piores do que os inimigos.
(Não
revisado pelo orador.)
(A
Verª Maristela Meneghetti assume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigado, Ver. Luiz Braz.
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Dr. Raul
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Haroldo de
Souza.
O
SR. DR. RAUL: Exma
Verª Maristela Meneghetti, na presidência dos trabalhos; Vereadoras, Vereadores
e aqueles que nos assistem, num primeiro momento quero dizer da minha
satisfação com a aprovação da Emenda nº 29, que vinha sendo uma luta de muitos
anos; a Emenda foi aprovada, embora sua regulamentação esteja ainda pendente.
Portanto, precisamos realmente garantir recursos para a Saúde de uma maneira
direta, que não passe por várias mãos, porque, no meio dessas mãos, a gente
sabe que a areia acaba indo embora. A Emenda nº 29 garante que, de sua renda
bruta, o Estado aplique realmente 12% em Saúde, 10% na Federação e 15% nos
Municípios, é uma Emenda extremamente importante. Agora, não podemos fazer com
que essa lei englobe outras ações, como, por exemplo, incluir pagamento de
funcionários, saneamento básico - esses itens não são questão da Emenda nº 29.
Então, precisamos centrar a nossa força para quê? Para que os recursos da Saúde
sejam direcionados para a Saúde de uma maneira reta, que é o mais importante.
Gostaria
também de dizer que esta semana deverei ter uma reunião com o Prefeito Fogaça e
o Secretário Eliseu Santos. Essa reunião foi proposta pelo Prefeito para que a
gente pense uma maneira para executar, tornar uma realidade em Porto Alegre, o
Centro de Planejamento Familiar. Sabemos das dificuldades orçamentárias para
que essa proposta seja implementada, mas S. Exª o Prefeito Municipal já se
mostrou extremamente favorável à implantação. Ele é sabedor da necessidade que
existe na sociedade de um planejamento
familiar efetivo, que vise não só ao tratamento da pessoa mais pobre, de renda
mais baixa, mas de toda a sociedade, que vise também à equalização da família
tanto no tratamento na parte de vasectomias, ligaduras, DIU - como o Ver. Dr.
Goulart bem colocou aqui - como no tratamento da infertilidade daqueles casais
que querem constituir uma família e não conseguem em função de não terem tratamento
adequado.
É
com satisfação que digo que teremos essa reunião e que pretendemos buscar
recursos para que aconteça, de forma prioritária, dentro do Sistema de Saúde de
Porto Alegre, essa questão do planejamento familiar de uma maneira mais
operacional, mais dinâmica. Isso, conforme já conversamos, passa por um projeto
para buscar recursos junto ao Ministério da Saúde e pela iniciativa privada,
que também tem vontade de participar desse processo e de constituir um
planejamento familiar melhor para toda cidade de Porto Alegre. Associado a essa
iniciativa também está a preocupação de constituir um Conselho de Planejamento
Familiar em Porto Alegre, para que as estratégias realmente sejam definidas
pela sociedade, e não individualmente. Então, o Conselho, com sua ação
fiscalizatória propositiva, certamente vai fazer com que as coisas sejam melhor
pensadas e implementadas nessa área no
Município de Porto Alegre.
Também
vejo como de extrema importância a implementação de um protocolo de intenções,
para que o Governo Municipal seja o seu mandatário e possa fazer com que a esse
protocolo se integrem entidades públicas, civis, ONGs, o Terceiro Setor, todos
os que realmente se preocupam em fazer do planejamento familiar efetivo uma
solução melhor para a educação, para o desemprego, para a falta de segurança,
para a falta de saúde. Nós estamos nessa luta, vamos continuar nela. Saúde para
todos!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Vereadores, Vereadoras, senhoras e
senhores, Porto Alegre passa por novos tempos na área do turismo, criamos
recentemente, autorizado por esta Casa, a Secretaria Municipal do Turismo, para
finalmente tentar promover o grande potencial turístico que a nossa Cidade
possui. Sabemos das nossas potencialidades, que nunca são realmente
concretizadas; ficamos na potencialidade, ficamos na perspectiva, ficamos na
futurologia e não concretizamos, mesmo assim Porto Alegre é uma das primeiras
em turismo de eventos. Nós temos aqui em Porto Alegre uma área privada, uma
empresa chamada Porto Alegre Convention &
Visitors Bureau, que capta eventos em todo o mundo para que se realizem
aqui em Porto Alegre, mas isso ainda é muito pouco. Nós temos turismo de
negócios, nós temos turismo de lazer, nós temos turismo náutico, nós temos o
turismo religioso, e tudo isso ainda está em fase de desenvolvimento. Esperamos
agora, com a Secretaria de Turismo, com o nosso Secretário Luiz Fernando
Moraes, que se concretize efetivamente o turismo em Porto Alegre.
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Carlos Nedel, eu
costumo dizer que a gente acha muito bonito o turismo na cidade dos outros, em
outros Estados; nós temos é que começar a achar bonito o nosso turismo e
incentivá-lo cada vez mais, porque o turismo traz alegria, traz emprego e traz
gente nova de todas as partes do mundo. Porto Alegre tem capacidade total para
começar uma forte campanha em cima do turismo. Obrigado, Vereador.
Recentemente,
nós tivemos o lançamento do novo material de turismo. Peço que a televisão
mostre aqui o novo material que foi distribuído pela Secretária de Turismo
(Mostra material). Ele está à disposição dos turistas e de quem quiser promover
o turismo em Porto Alegre. Já estamos caminhando, já temos material; há pouco
tempo tínhamos muito pouco. Tivemos também a realização, encerrada ontem, do
Salão Náutico do Mercosul: uma feira, uma exposição muito importante que abriu
caminhos para o fortalecimento do turismo náutico, especialmente do nosso lago
Guaíba. Por falar em lago Guaíba, estamos com o projeto da construção da marina
pública já anunciada, estamos desenvolvendo essa construção, ainda está na fase
de projeto. Também para breve, teremos a revitalização do nosso Porto, do Cais
Mauá. As empresas já apresentaram seu interesse, já está correndo o prazo para
que elas apresentem os projetos definitivos para participar, então, da
concorrência, para efetivamente implantar a revitalização do Cais Mauá.
Portanto, senhoras e senhores, o turismo começa a se fortalecer em Porto
Alegre. Esperamos que seja para breve. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. João Carlos Nedel.
A
Verª Margarete Moraes está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. MARGARETE MORAES: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; embora todo o escândalo que aconteceu no
Detran, que teve inclusive repercussão nacional, porque foram surrupiados em
torno de quarenta milhões de reais no Estado do Rio Grande do Sul; apesar de
todos os alertas do Deputado Enio Bacci à Governadora; apesar dos indicadores
da própria base aliada da Governadora de que não encaminhasse o Projeto para a
Assembléia, a Governadora Yeda Crusius preferiu o confronto e sofreu uma
derrota histórica na Assembléia Legislativa: foram 34 votos a zero.
Do
que eu discordo - e gostaria de salientar aqui - nesse pacote é a tentativa de
diminuir o papel do Estado, terceirizando serviços a partir das OSCIPs. A
corrupção foi detectada nesse momento precisamente em empresas terceirizadas,
que não estão sujeitas às regras do Direito Público. Portanto nós devemos
questionar, eu acredito, quase todo o pacote, mas, sobretudo, as OSCIPs, porque
elas são uma justificativa, uma desculpa para o Estado se livrar das suas
obrigações, das suas funções. Isso atinge - e querem destruir - a TVE, as
fundações, as entidades culturais do Estado, porque, para contratar uma OSCIP,
não é preciso licitação, não é necessária a prestação de contas ao Tribunal,
não é preciso concurso - os contratos ocorrem via CLT, os funcionários não têm
direito à igualdade de oportunidade à maioria das pessoas e têm uma alta
rotatividade, o que faz com que a qualidade do serviço caia. Eu tenho certeza
de que as OSCIPs são uma visão reducionista do papel do Estado, através de um
vago e genérico termo de “parceria”. Então, o Governo do Estado deveria, nesse
momento, fazer uma autocrítica, ter humildade e revisar o papel das OSCIPs.
E
aí, Ver. Comassetto, eu fico pensando na PROCEMPA, que é uma empresa púbica com
capital cem por cento público. Causa-me muita preocupação, porque o último
sistema, o Ergon, foi iniciado na nossa gestão, e hoje a PROCEMPA é muito mais
um órgão de produção de eventos do que de desenvolvimento de tecnologia de
sistemas, de software. Falta investimento para a PROCEMPA se modernizar,
e, se considerarmos a velocidade que anda no mundo todo essa tecnologia, Porto
Alegre já está ficando para trás. Se pensarmos também em quantos Cargos de
Confiança foram acrescentados ao sistema da PROCEMPA, veremos que são muitos;
hoje a proporção é esta: para 270 funcionários, temos 60 Cargos de Confiança.
São 60 CCs, o que significa quase um CC para cada cinco servidores na nossa
PROCEMPA. Falando em meu nome e também pela minha Bancada, nós acreditamos que
a PROCEMPA deva continuar e se manter cada vez mais pública, que seja
contemporânea a essa tecnologia que existe no mundo, à altura do seu tempo.
Pensando em ONGs e OSCIPs,
o Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional uma nova entidade jurídica,
uma fundação estatal por meio da qual não se pode atuar no mercado, não se pode
ter como meta o lucro, não se pode vender serviços. Portanto acredito que as
fundações estatais sejam uma alternativa de gestão muito mais eficiente com
controle público. Tenho certeza de que por si só não vai resolver o problema da
corrupção, porque existem especialistas no assunto que sempre vão achar uma
brecha, mas, como há esse controle público, creio sinceramente que ajude a
inibir toda essa corrupção que há, uma corrupção quase que endêmica na
Administração Pública. Obrigada, Verª Maristela Meneghetti.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada,
Verª Margarete Moraes.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.
O SR. ERVINO BESSON: Cara
Presidenta dos trabalhos, Verª Maristela Meneghetti; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16
da TVCâmara, eu saúdo a todos.
A propaganda é a alma do negócio. Mais uma vez,
venho a esta tribuna reforçar o convite para as pessoas. A TVCâmara está
mostrando pelo Canal 16 ao nosso telespectador este cartaz de propaganda.
(Mostra o cartaz.) Peço que as pessoas se façam presentes a esse evento. Nós
teremos mais uma semana e um fim de semana para a 20ª Festa do Pêssego e 10ª
Festa Estadual do Pêssego da Vila Nova. Existe lá um produto de excelente
qualidade.
Quero aproveitar esta oportunidade também para
agradecer, meu caro colega Ver. Comassetto, à imprensa, que tem prestado uma extraordinária
colaboração na divulgação da Festa do Pêssego, a Festa dos nossos produtores.
Nós tivemos presente na abertura, na colheita, a Presidenta desta Casa e, no
sábado, que foi a abertura oficial da Festa do Pêssego, contamos com a presença
da Presidenta desta Casa, de diversos Vereadores e Vereadoras; do Sr. Frederico
Antunes, Presidente da Assembléia; de Deputados; do Sr. Alceu de Deus Collares,
ex-Governador deste Estado; enfim, houve uma grande festa no sábado, no local
da 10ª Festa Estadual do Pêssego da Vila Nova.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Estou sempre lá, Vereador, junto com V.
Exª; há 16 anos participamos constantemente daquelas atividades. Quero dizer
que se avizinha a discussão do Orçamento, e tanto V. Exª como este Vereador que
aqui se pronuncia apresentaram Emendas complementares ao Orçamento, para que
possamos construir definitivamente o Centro de Eventos.
E lá também estava, no sábado, representando o
Congresso Nacional, a Deputada Maria do Rosário, que apresentou uma Emenda no
Congresso Nacional de cem mil reais para agregar a esse Projeto da nossa
comunidade.
O SR. ERVINO BESSON: Que bom que V.
Exª traz esse assunto. Obrigado, Vereador.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino, quero lhe dar meus parabéns
pelo grande evento, porque V. Exª é um homem incentivador, um dos Vereadores
que incentivam essa atividade. Quero dizer que realmente eu fiquei
impressionado pelo tamanho
da festa, com o tamanho da produção que esse pessoal da Zona Sul tem. Vossa
Excelência está de parabéns, Vereador, por ter uma Feira de grande porte no seu
Bairro.
O
SR. ERVINO BESSON: Acho
que nós todos estamos de parabéns, inclusive V. Exª, que se fez presente. É importante
a presença dos Vereadores desta Casa, porque os produtores se sentem
valorizados! Isso é importante! Acho que, além da nossa presença, a nossa
colaboração também foi importante para os nossos produtores.
Portanto,
fica aqui, mais uma vez, o reconhecimento pelo trabalho desta Casa, pelo
trabalho do Sindicato - Presidente do Sindicato, Sr. Cleber Vieira -, o nosso
reconhecimento à SMIC, ao Secretário Idenir Cecchin; ao nosso querido Prefeito
Municipal, que tem dado um extraordinário apoio aos nossos produtores, doando
33 mil mudas de árvores. Inclusive esse foi um momento histórico para os nossos
produtores, quando o Luciano Bertaco, que é o Vice-Presidente do Sindicato,
comunicou no dia - ele também recebeu esse auxílio: doações de mudas de pessegueiros
- que doará, no segundo ano de produção, para as creches comunitárias, uma
tonelada de pêssegos. São eventos extraordinários, meu caro César, que também
estava lá, um produtor de vinho, uva, pêssego e outros tipos de frutas naquela
região. O produtor recebe um incentivo e dá uma notícias destas: doará uma
tonelada de frutas para as nossa creches! Isso nos alegra.
Fica
aqui o reconhecimento à Emater, que fez um belo trabalho; à presidência da
Casa, pela presença no evento; aos Vereadores e às Vereadoras, enfim, são
eventos como esse que engrandecem a Cidade. Os nossos produtores querem tão
pouco, produzem, trabalham de domingo a domingo... O que eles querem? Um
incentivo, o Governo fazendo a sua parte para que eles possam vender o seu
produto e ter um retorno satisfatório, e eles vão investir em cima de suas
áreas produtivas. Faço aqui este agradecimento, faço este reconhecimento, minha
cara Presidenta, em nome de toda a Casa, porque nós também estamos juntos com
os produtores, nós temos feito também um trabalho muito bom, isso é que é
importante. Fica aqui em nome, mais uma vez, do Sindicato, em nome da
Prefeitura, em nome da Emater, enfim, da comunidade da Vila Nova este
reconhecimento, este agradecimento.
Reforço
- já encerro, minha cara Presidenta - que temos mais um fim de semana. Fica
aqui o convite: durante os dias úteis, das 18 horas até às 22 horas; no fim de
semana, das 8h30min às 20 horas. Estão convidados, pessoal, vão lá que vocês
não se arrependerão, vocês terão produtos de excelente qualidade, e será um
incentivo aos nossos produtores. Muito obrigado pela atenção de todos.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 7891/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 246/07, de autoria da
Verª Neuza Canabarro, que denomina Rua Conrado Alvares o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 7047 – Loteamento Lagos de Nova Ipanema.
(Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais
tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da
Câmara.)
PROC.
Nº 8010/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 251/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que inclui no Calendário Oficial de Eventos do
Município de Porto Alegre a Festa de Nossa Senhora do Trabalho, a ser realizada
anualmente, no dia 1º de maio.
PROC.
Nº 8042/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 262/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Harpia o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1046 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8046/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 266/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Maguari o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1044 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8050/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 270/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Perdigão o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1041 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8051/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 271/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Martim-Pescador o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4025 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8481/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 026/07, que altera a
redação da ementa e do art. 1º da Lei nº 9.952, de 4 de abril de 2006,
modificados pela Lei nº 10.185, de 15 de maio de 2007, passando para R$
182.953.171,38 (cento e oitenta e dois milhões, novecentos e cinqüenta e três
mil, cento e setenta e um reais e trinta e oito centavos) o valor da
autorização ao Executivo para contratação de crédito com a Caixa Econômica
Federal e para R$ 56.740.841,19 (cinqüenta e seis milhões, setecentos e
quarenta mil, oitocentos e quarenta e um reais e dezenove centavos) a
contrapartida desse.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 4492/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 141/07, de autoria do
Ver. Jocelin Azambuja, que acrescenta parágrafo único ao art. 8º da Lei nº
9.725, de 1º de fevereiro de 2005, alterada pela Lei nº 10.195, de 5 de junho
de 2007, que dispõe sobre o funcionamento e regulamentação dos Centros de
Entretenimento e Inclusão Digital (CEIDs) e dá outras providências, excetuando
do cumprimento da distância mínima dos estabelecimentos de ensino as casas de
jogos de que trata.
PROC.
Nº 6983/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 206/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Engenheiro Ruy Medeiros o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Praça 8078, localizado no bairro Belém Novo.
(Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais
tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da
Câmara.)
PROC.
Nº 7479/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 237/07, de autoria do
Ver. José Ismael Heinen, que institui a Semana Cultural das Bandas Marciais, a
ser realizada anualmente, na quarta semana de novembro, que passa a integrar o
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 7521/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 239/07, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de
Porto Alegre ao Senhor Henrique Sarmento Barata.
PROC.
Nº 8038/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 258/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Ema o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1047 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8039/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 259/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Fragata o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1050 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8041/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 261/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Gavião-Tesoura o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 1043 – Loteamento Voluntários da Pátria –,
localizado no bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 6341/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/07, de autoria da
Verª Clênia Maranhão, que denomina Rua Hilário Gonçalves Pinha o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua 7053 – Loteamento Hípica Boulevard.
(Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais
tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da
Câmara.)
PROC.
Nº 8044/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 264/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua João-de-Barro o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4019 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8047/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 267/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Tachã o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4013 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa
Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8052/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 272/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Mergulhão o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1048 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7650/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 242/07, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que condiciona os Poderes Municipais à obtenção da prévia
aprovação de seus servidores, ativos e inativos, para a alteração do rol das
instituições financeiras que lhes efetuam o pagamento das remunerações e dos
proventos, e dá outras providências.
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a
Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Boa-tarde
a todos. Verª Maristela Meneghetti, que dirige a Sessão; colegas Vereadores e
Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, nesta parte da nossa Sessão, da
discussão preliminar de Pauta, quero abordar um Projeto do Executivo que está
em 1ª Sessão que trata do financiamento para o Programa Integrado
Socioambiental. Esse é um tema que eu e mais alguns colegas da nossa Bancada
temos acompanhado bastante pela importância do Projeto, e, a cada semana,
praticamente, a gente leva um susto, porque a chuva de números - há cada vez
novos números - é uma coisa impressionante.
Há
duas semanas, eu estive em uma reunião da COSMAM - eu componho a CUTHAB, mas,
por saber da pauta da COSMAM, estive lá presente -, quando veio o Diretor-Geral
do DMAE, Flávio Presser, explanar, no âmbito daquela Comissão, o Programa
Integrado Socioambiental - coisa que, na verdade, nós já conhecíamos. Mas eu
expus para o Diretor-Geral Flávio Presser no sentido de que ele estava trazendo
novos números, diferentes daqueles que o Secretário Clóvis Magalhães tinha
trazido dez dias atrás. E mostrei os números anteriores do Secretário Clóvis
contrapondo com aqueles números que estavam sendo apresentados pelo Diretor
Flávio Presser, e sabe que, no momento, Ver. Luiz Braz, ele olhou para a tabela
que estava sendo apresentada, projetada em uma tela e disse: “Realmente temos
problemas”. Ele disse isso.
Agora
nós recebemos um outro Projeto que é para autorizar a Prefeitura a acrescentar
valores, além daqueles que nós já havíamos aprovado aqui. Nós aprovamos o total
de 180 milhões de reais para ser contratado com a Caixa, além de uma parcela com
o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. Agora, a essa parcela com a
Caixa, num valor altamente expressivo, quase 183 milhões de reais, pedem um acréscimo de mais 52 milhões de reais
- 52 milhões e 328 mil reais -, sendo 49 milhões e 747 mil de financiamento e 2
milhões e 618 mil de contrapartida da Prefeitura - esse dinheiro vindo da Caixa
Federal, incluído no PAC, o Programa de Aceleração de Crescimento, do Governo
Federal, do Presidente Lula. Nunca tive oportunidade, no bom sentido, às vezes
sinto um pouco de inveja, Verª Maristela Maffei, porque olhe só: num total de
52 milhões, o financiamento é de 49 milhões e 700 mil, e a contrapartida da
Prefeitura é de 5%. Que maravilhoso esse financiamento, Ver. Todeschini! Só com
o Governo do Presidente Lula, só com o PAC para apresentar uma situação
maravilhosa como essa.
De
qualquer maneira, a gente vê que, a cada semana, se modificam os valores. É
impressionante. E na apresentação do Diretor Flávio Presser eu disse a ele, fiz
um pedido, uma solicitação: “Por que o Programa aumentou de valor e diminuiu a
sua abrangência?” E, com relação à diminuição que foi feita, quero dialogar
fraternalmente, se for possível, com a base de apoio ao Governo Fogaça, porque
duas partes importantíssimas foram retiradas: uma que retira do âmbito do
Projeto duzentas moradias populares na Vila dos Sargentos, na Ponta Grossa; e o
outro item que foi retirado é a construção, o estabelecimento de um parque
linear ao longo do arroio do Salso.
O
arroio do Salso é, depois do Dilúvio, o maior arroio da nossa Cidade, é a maior
bacia hidrográfica depois do Dilúvio, ainda é o nosso manancial em melhor
situação de águas, com menos poluição - não é que não tenha poluição, tem
poluição, sim, mas é menor a poluição do arroio do Salso. E, dentro do Projeto
Socioambiental, que tem esse nome exatamente pelas questões ambientais, estava
incluída a construção do arroio do Salso, para proteger esse manancial. Veja
bem, Ver. Luiz Braz, que me escuta, se perdermos essa oportunidade do Programa
Socioambiental, vai ser muito difícil conseguirmos outro financiamento para
esse item, que tem tudo a ver com o Projeto, porque é na área de abrangência do
Projeto também. Então, fica um apelo - além de uma crítica, é um apelo -,
porque nós perderemos um momento importante para proteger esse segundo maior
manancial da Cidade, que é o arroio do Salso. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver. Guilherme.
Apregôo
o Memorando nº 444, informando que o Ver. Aldacir Oliboni estará representando
esta Câmara Municipal na cerimônia de abertura da Semana da Consciência Negra,
proposta pela Empresa de Correios e Telégrafos, a realizar-se no dia 19 de
novembro de 2007, às 18 horas, no auditório do Complexo Operacional da
Sertório, Av. Sertório nº 4.222, nesta Capital. Está assinado pela Verª Maria
Celeste, Presidenta.
Apregôo
o Memorando nº 445, informando que o Ver. Adeli Sell estará representando esta
Câmara Municipal na tradicional reunião-almoço semanal da Federasul “Tá na
Mesa”, a realizar-se no dia 21 de novembro de 2007, às 12h15min, no Largo
Visconde do Cairú nº 17, 7º andar, nesta Capital. Está assinado pela Verª Maria Celeste, Presidenta.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra
para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Srª
Presidenta, Verª Maristela Meneghetti; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores e demais presentes a esta Sessão, quero aqui também pautar o assunto
trazido por outros Vereadores, em especial pelo companheiro Ver. Guilherme
Barbosa, porque há um novo pedido de autorização alterando valores - novamente
- para a contratação do Socioambiental. Em relação a esse assunto, a gente já
não sabe mais exatamente o que está vindo, porque a cada 15 dias vem um Projeto
diferente, pedindo recursos diferentes, para que a gente aprove sem as
necessárias explicações, e o Secretário de Gestão ficou de mandar, por escrito,
documentos que ordenassem aquilo que a gente estivesse votando. O que acontece
na verdade é que vêm para cá números, e números, e números sem explicação
nenhuma.
O
Secretário Clóvis e o Sr. Marins, Coordenador do Programa, estiveram aqui dando
explicações, e verbalmente pudemos entender que na verdade não se tratava de
498 milhões, que não era para somar todos os números que estavam ali - o que
nós estávamos autorizando eram 290 milhões. Eu quero dizer que não somos
adivinhos, nem temos bola de cristal, nem lâmpada mágica para adivinhar; o
Governo tem que escrever aquilo que vem para cá. E agora altera de novo,
chegou-se a essa informação sobre aquele último Projeto que nós votamos no
valor de 290 milhões de reais, Ver. Guilherme. Na terça-feira passada,
portanto, sete dias passados, esteve aqui o Diretor-Geral do DMAE, e os números
somados chegaram a 412 milhões de reais. Então, entenda este Governo! Ver.
Sebenelo, nós estamos aqui autorizando o Governo com toda a boa vontade, mas
não podemos aceitar isto: num dia, temos 490 milhões; no outro, 290; na semana
passada, terça-feira, na Comissão de Saúde, tivemos 412 e, agora, teremos uma
nova alteração aqui. O que estamos votando? O que nós estamos fazendo afinal?
Esse assunto é muito sério, esse assunto compromete o Município, compromete o
bolso dos contribuintes de Porto Alegre. Nós aqui parecemos fantoches, temos de
dizer amém a tudo que vem para cá, porque vem no último dia sob a ameaça de
perder os financiamentos!? Nós não podemos aceitar essas coisas. É errado, é
desrespeitoso conosco, é desrespeitoso com que tem o dever de fiscalizar as
contas públicas e os atos do Poder Executivo. O Governo tem de ter a
responsabilidade e a decência de mandar as coisas certas, de mandar as coisas
claras, de mandar as coisas por escrito e não a cada sete dias alterar os
números na ordem de dezenas de milhões de reais.
Portanto,
aqui também fica o meu protesto, porque, além de modificar os números de forma
ininteligível, nós vimos a retirada de partes importantes do Programa Integrado
Socioambiental: sai fora o Parque do Arroio do Salso; sai fora a desapropriação
de 260 hectares destinados às lagoas de tratamento; saem fora, Ver. Guilherme, 250
habitações que eram para atender os moradores que sofrem com inundação na Vila
dos Sargentos; saem fora as duas linhas do emissário cloaclal, que eram
subaquáticas, modificando para uma linha apenas. Tudo isso são modificações
substanciais, são modificações muito significativas que vão impactar muito a
Cidade. Agora, por que temos que aceitar tudo? O Governo, o Executivo, age, de
novo, como imperador e nos enfia goela a baixo, não dá explicação, e a cada 15
dias temos que modificar a aceitação de todos os projetos. Qual é a seriedade
com que se trata a coisa pública, com que se tratam os projetos na Cidade?
Vejam, não é coisa que esse disse ou aquele falou, não; foram falas oficiais.
Para aquele grupo de Vereadores que assistiu à reunião com o Secretário Clóvis
Magalhães foi a fala oficial, inclusive consta na ata e nas notas da Comissão
de Educação, Cultura, Esportes e Juventude de terça-feira passada; são
documentos que vêm aqui de forma a não dar clareza, explicações e sustentação
suficiente, tudo por causas dessas mudanças. Portanto, fica aqui também o nosso
mais profundo protesto contra essa falta de respeito que o Poder Executivo tem
para conosco, Vereadores. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas
Vereadores e Vereadoras, senhores e senhoras que nos assistem, venho aqui
trazer para discussão um Projeto do Executivo que está em Pauta hoje. Esse
Projeto já foi comentado aqui por dois colegas Vereadores do PT, Guilherme
Barbosa e Carlos Todeschini. É um emaranhado de confusões tratando de uma
grande quantidade de
recursos públicos. Na verdade, é o quarto Projeto que nós estamos aqui tratando
e aprovando sobre o mesmo tema, e transmito as minhas preocupações aos colegas
Vereadores e Vereadoras, aos senhores e às senhoras aqui presentes e à imprensa
como um todo.
Nós
aprovamos, em abril de 2006, um Projeto para o Socioambiental de 33 milhões,
que se dizia que era para o sistema da Cavalhada. Em maio de 2007, o Governo
mandou um outro Projeto, acrescentando àquele primeiro Projeto de 33 milhões ou
de 30 milhões, na busca de mais 103 milhões dos dois financiamentos do Governo
Federal, do PAC, do Projeto Pró-saneamento do Governo Federal, do Ministério
das Cidades. Discutimos aqui e aprovamos, mas pedimos, naquele momento, que
fossem nos enviados os Projetos para
que pudéssemos analisar. A Líder do Governo, Verª Clênia Maranhão, se
comprometeu em mandar os Projetos para esta Casa, mas eles não chegaram até
hoje. Quero aqui trazer esse alerta aos colegas Vereadores, foi um acordo que
nós fizemos, e acordo tem que ser cumprido, e esse acordo não foi cumprido. Era
para ser trazido os Projetos do Socioambiental, Ver. Nereu D’Avila. O senhor
lembra da discussão, fizemos um acordo, como oposição, aprovamos, sim, o
financiamento, porque queremos que venha dinheiro para Porto Alegre, mas
queremos saber como e onde esses recursos serão aplicados.
Portanto,
o Projeto Socioambiental, para que pudéssemos analisar a sua grandeza e o seu
potencial, não veio da forma devida. O que veio para esta Casa foi a Carta
Consulta mandada ao Ministério da Cidade e ao BID. Se não bastasse isso, há
dois meses, veio para esta Casa um quarto Projeto sobre o mesmo tema, pedindo
que analisássemos e aprovássemos um Projeto relativo a um financiamento de 75
milhões e 700 mil dólares. Não é pouco dinheiro! Agora vem, novamente, o mesmo
Projeto, mudando o valor, que era de 133 milhões, passando para 187 milhões.
Portanto, essa confusão estabelecida pela Secretaria Municipal da Fazenda é uma
confusão que não traz com clareza o montante do Projeto: onde vai ser aplicado?
Como vai ser aplicado? Quando vai ser aplicado? Em qual projeto vai ser
aplicado?
Eu
vejo aqui representantes da comunidade da Restinga. Nós já fizemos este
questionamento aqui da tribuna, porque a planta do Socioambiental contempla só
a planta original da Restinga. Nós queremos saber quando as comunidades do
entorno vão ser contempladas, porque no Projeto lá apresentado não estava. Nós
devemos aprovar - eu questiono os colegas Vereadores e Vereadoras -, devemos
novamente receber esse Projeto e já ir para a urgência, sem ter essas respostas
do Executivo, Srª Presidenta? Eu venho a esta tribuna, novamente num espírito
republicano, cobrar da Líder do Governo, que se comprometeu de trazer o Projeto
para esta Casa, mas ele não veio até o momento. Vem pela quarta vez o mesmo
Projeto, refazendo o pedido de financiamento do Governo Federal. Nós queremos
que os recursos do Governo Federal venham para a cidade de Porto Alegre e que
sejam bem aplicados, para que nós não tenhamos, Verª Neuza, que correr atrás,
depois, dos recursos, como em outros projetos do Governo Federal, que estão
sendo muito mal aplicados na Cidade, como o ProJovem. Portanto, trago aqui o
alerta: queremos, sim, discutir e captar recursos, mas queremos saber onde,
como, porque e qual a qualidade do Projeto que será aplicado. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. MARGARETE MORAES:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; assim como os demais membros da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, eu quero questionar a alteração da redação desse
Projeto. É a terceira vez que isso acontece nesta Casa, e, na verdade, não se
trata de centavos: trata-se, Ver. Comassetto, de milhões. Milhões! Então, é
muito dinheiro público.
Isso
não é novidade, cada vez que o Governo escreve alguma coisa, cada vez que
escreve, ele se dá mal, apresenta problemas. E assim foi no Socioambiental,
conforme está demonstrado agora; como foi no Plano Diretor, tão importante, ele
veio muitas vezes. Houve três Mensagens Retificativas. A Câmara, a Mesa,
precisou devolver, conversar com o Prefeito para que se corrigisse, até que
finalmente está aqui. Algumas pessoas pensam que nós estamos emperrando o Plano
Diretor, mas não se trata disso. Recém chegou aqui na Câmara e recém começamos
esse trabalho de revisão do Plano Diretor. O que eu considero mais grave é que
houve um acordo por parte do Governo e da oposição, para que o Governo aqui
comparecesse e pudesse detalhar itens que ainda não estão precisos, não são
compreensíveis ao primeiro olhar. Isso, infelizmente, ainda não aconteceu. A
Bancada do Partido dos Trabalhadores tem muita responsabilidade, tem aprovado
todas essas idéias e sempre busca, junto com os demais Vereadores e Vereadoras
desta Casa, o melhor para a nossa Cidade.
Eu
queria falar também sobre um outro Projeto do Legislativo de autoria do Ver.
José Ismael Heinen, que institui a Semana Cultural das Bandas Marciais, a ser
realizada anualmente na quarta semana de novembro, passando a integrar o
Calendário Oficial de Porto Alegre. Eu quero cumprimentar o Ver. José Ismael
Heinen, creio que se trata de um belo Projeto. Uma banda entre estudantes
sempre incentiva a disciplina, o coleguismo, a amizade, o afeto, a atenção e a
criatividade, porque cada um tem sua função numa banda, que é uma
miniorquestra, e tem que tocar exatamente naquele tempo. E colocar isso no
Calendário Oficial possibilita o reconhecimento e o aperfeiçoamento desse
trabalho.
Também
quero me referir a um Projeto que já mencionei, de autoria da Verª Sofia
Cavedon, que condiciona os Poderes Municipais à obtenção da prévia aprovação de
seus servidores ativos e inativos para alteração do rol das instituições que
lhes efetuam pagamento das remunerações, dos proventos e dá outras providências.
Esse Projeto oferece transparência, democracia. Sempre que alguém estiver no
Governo, eu creio que é muito mais fácil, flui muito melhor a governança se
houver diálogo entre o Governo e os seus servidores. Infelizmente, esse fato
não aconteceu, porque, sem falar para ninguém, na calada da noite, o Governo
mudou a folha de pagamento, passou para outro órgão público - a Caixa Econômica
Federal - e lucrou 85 milhões com essa transferência. Mas sem consultar os seus
servidores. Os servidores já têm uma vida organizada em determinada agência
bancária, em determinado órgão financeiro, e aí muda toda a sua
vida: é a sua conta, é a sua vida, é o seu concurso. Então, precisa, sim, de um
diálogo, precisa ouvir os funcionários da Prefeitura Municipal, que são os
legítimos servidores. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Vereadora.
O Ver. Ismael Heinen está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta da Câmara de Vereadores, M.D. Verª Maria Celeste; Vereadoras,
Vereadores, público que nos assiste: na Sessão de Pauta de hoje rapidamente
quero transcorrer sobre dois Projetos. O primeiro é um Projeto do nosso Ver.
Jocelin Azambuja. Entendemos que, muitas vezes, ao fazermos uma lei, queremos
cuidar tanto da teoria, que na prática ela se transfigura de uma maneira
diferente. A respeito da autorização de funcionamento do Centro de
Entretenimento e Inclusão Digital, consta hoje uma distância obrigatória de 500
metros de educandários da Cidade. É meritória a preocupação de quem propôs essa
lei, dos que aprovaram essa lei, só que na prática está se tornando um
transtorno para aqueles que querem investir nesse ramo de atividade. Sabemos
disso porque temos recebido vários pedidos. Onde estão, há 400 metros, está
muito atrás, está afastado, em outras vias do colégio, mas a lei faz com que
isso seja cumprido. Acho meritório logicamente não acabarmos com essas
restrições, mas devemos repensar a respeito das distâncias, para que possamos
ter neste nosso Município maior liberdade de criarmos, sermos empreendedores e
atendermos a população como um todo.
O segundo Projeto é de nossa autoria. Conversando
com professores, professoras e diretores de estabelecimentos, resolvemos
promover a volta saudosa das competições, a volta saudosa da prática das bandas
marciais em nossos colégios. Quem de nós aqui não lembra? Quem de nós aqui, de
repente, não participou dessas bandas marciais que tanta garra traziam à
juventude, aos jovens na época? Eu pergunto se nós queremos investir para
tirarmos os jovens da ociosidade, à mercê do tráfico, à mercê de outros vícios.
Por que não trazê-los através da música, através das bandas marciais, através
de um trabalho de equipe, em conjunto? Teremos novamente em Porto Alegre, como
era no passado, como era no Estado do Rio Grande do Sul, verdadeiras
competições, no bom sentido, cada colégio querendo se apresentar melhor, e
teremos, logicamente, uma semana cultural. No fundo está o apoio, o estímulo,
para que isso volte a acontecer. Então, estamos o propondo aos nobres colegas
desta Casa, tenho certeza de que teremos, como já tivemos em outras
oportunidades, o apoio dos nobres Pares. Era isso o que eu queria colocar.
E quero me aprofundar mais nas alterações do
Projeto do Executivo. Eu não vejo muito desgaste no que estão colocando,
porque, graças a Deus, o nosso Executivo está novamente em condições de trazer
verbas para o nosso Município. Mas quero me aprofundar mais devido às críticas
fortes que os nobres colegas da oposição aqui fizeram a essas alterações do
Projeto do Executivo nº 026/07. Era isso, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
venho à tribuna falar da gloriosa Brigada Militar, da majestosa Brigada
Militar. Eu tenho muito orgulho de ter muitos amigos na Brigada e do trabalho
social que a Brigada faz, liderada pelo Coronel Fraga e pelo Major. Quero dizer que a Brigada
mantém um trabalho muito importante, já pela sétima vez, lá no Extremo Sul, em
Belém. Nós fizemos uma cavalgada com mais de trezentos cavalos no dia 15,
juntamente com o Major Cidade, que participa pela sétima vez. Fizemos essa
cavalgada buscando um quilo de alimento casa por casa e arrecadamos mais de 400
kg, é um trabalho muito bonito que a Brigada mantém no Extremo Sul. E lá,
quando chegamos com essa grande cavalgada, saindo do Aeroclube de Belém Novo,
logo mais quem começou a acompanhar a cavalgada foi o Ver. Mario Fraga, que
está sempre atento ao que acontece no bairro Belém Novo. Mas o mais importante
foi a chegada na praça, quando a Brigada prestou um esclarecimento muito
bonito, fazendo esse trabalho há mais de sete anos. Mais ainda, deram um show
com seus cachorros, mostrando como são adestrados. Vários militares, coronéis,
tenentes, soldados participaram dessa grande cavalgada, e eu tive o privilégio
de acompanhar com o meu caminhão desde às 10 horas do dia 15, Ver. Todeschini,
paramos às 14 horas. Logo mais também chegou o Ver. Sebastião Melo, que no CTG
participou de um momento glorioso da Brigada, que estava comemorando 170 anos
num bonito trabalho que eles estão fazendo lá.
Também
quero falar a respeito de um Projeto de minha autoria, o Projeto que estende o
horário até um pouquinho mais tarde nas sextas-feiras e nos sábados, no final
de semana, para às 2 horas. Nas segundas-feiras, terças-feiras, quartas-feiras,
quintas-feiras o horário fica como está no Decreto, até às 24 horas. E
certamente esses proprietários de restaurantes não somente na Cidade Baixa, mas
no Moinhos de Vento, no Lindóia, em Ipanema, no Jardim Leopoldina, que são
grandes lugares que aglomeram pessoas que gostam de freqüentar os bares que têm
recuo da calçada... Hoje mesmo nós estávamos fazendo um debate, eu estive
falando, e tinha gente que estava achando que as mesas seriam colocadas lá na
calçada. Não! Não é na calçada, a calçada é para o pedestre, para o cadeirante,
enfim, para as pessoas que passeiam; é só no recuo do prédio. Quem tem recuo
pode colocar as mesas. Aí o senhor imagina que tem shopping que trabalha
até às 11 horas da noite, tem o jovem que quer sair, divertir-se e não pode,
porque, no final de semana, já está comprometido, não pode levar até às 2 horas
da manhã.
Esse
Projeto eu venho há um bom tempo debatendo, falando; acho que esses
proprietários de restaurantes e bares dão emprego, e está na hora de votar esse
Projeto e dar essa oportunidade aos pequenos comércios, aos pequenos
empresários, que tanto sofrem por causa dos impostos, para eles exercerem o seu
trabalho digno, juntamente com os seus funcionários, seus irmãos, suas famílias
que trabalham no restaurante. Eu acho que tem que pensar bem, porque, do jeito
que está, eles estão levando muito tarde, tem locais em que nem tiram a mesa,
tem bairros em que a mesa continua todos os dias, de dia e de noite é a mesma
coisa, eu acho que deve existir regra.
O Secretário Idenir Cecchim tem feito um trabalho muito
bonito na Secretaria, tem fiscalizado, tem andado pela Cidade e participa
pessoalmente. Isso de ter um Secretário que trabalha tanto e vem fazendo muito
por Porto Alegre se deve à grandeza do nosso Prefeito Fogaça. Quero dizer aos
Srs. Vereadores que conto com o apoio de vocês para nós aprovarmos esse
Projeto. Obrigado, senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta, nobres Pares, Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste,
estamos, após a semana em que não foi aprovado o aumento do ICMS no Estado do
Rio Grande do Sul, vendo notícias fantasmagóricas, mas acredito que estamos no
caminho certo. Temos que fechar uma página, considerar página virada quando
governantes gastavam o que queriam e transferiam para população, para os empresários, para todos em forma de
impostos. O Estado do Rio Grande do Sul hoje realmente, por contingências
várias, se encontra praticamente em dissolvência.
Se
voltarmos para o passado, como está no jornal Correio do Povo de hoje,
lembraremos as brizoletas - 1958, 1959 -, momento em que o Estado estava também
caótico, estava quebrado, não tinha dinheiro para pagar o funcionalismo - e não
tinha mesmo, pagavam com seis, sete meses de atraso na época em que o Governo
criou as brizoletas. E quem veio resolver o problema do Estado do Rio Grande do
Sul naquela época, tenho dito aqui diversas vezes, em 1964, foi o Presidente da
República, que veio ao Rio Grande do Sul e zerou a dívida do Estado. Aí começou
uma nova etapa no Estado, de grandes investimentos, grande desenvolvimento.
Agora, talvez contaminado pela mesmice, com o povo pagando mais impostos e mais
impostos, novamente estamos com empréstimos que não temos mais como pagar. Mas
não é aumentando os impostos, não! Chegamos ao limite, não temos mais como
aumentar impostos sob pena de jogarmos todos nossos empresários, todos aqueles
que fazem a produção deste País na informalidade.
Existem
diversos meios para salvarmos o Estado do Rio Grande do Sul, mas basta uma
coisa, acredito, tão-somente uma coisa: vontade política de enfrentar a crise
de frente. Diversas situações - podemos enumerar - já foram tratadas pelo
Partido dos Democratas, principalmente pelo nosso Vice-Governador, que teve uma
posição convicta desde quando era empresário e a mantém agora como político
também, dou-lhe os parabéns pela posição que sustenta. Uma das iniciativas que
podemos ter, de imediato, é fazer como em Brasília, como o Governador Arruda
fez: diminuir pela metade as Secretarias. Aqui também podemos agrupar e
diminuir mais da metade. Isso traz benefícios em relação ao gasto de luz.
Acabar com os CCs, esse monte de CCs que o Governo Federal usa politicamente em
troca de votos; não há necessidade de, no Estado do Rio Grande do Sul, termos
esses CCs. Temos que acabar com isso no dia-a-dia do Estado. Se ficarmos com
apenas 10% dos que existem, estaremos muito
bem servidos para
ajudarmos a salvar o Estado do Rio Grande do Sul.
Temos
autarquias deficitárias que não são auto-sustentáveis. Se nós estamos em crise,
fechando, dá lucro! Podemos usar esses funcionários do Estado que entraram
através de concurso, colocá-los numa outra função produtiva, como é o caso da
Fundação de Estatística e Economia, em que temos duzentos economistas sem termos
um projeto para eles trabalharem! Vamos fazê-los trabalhar, produzir para o
Estado em outras autarquias, em outras Secretarias.
O Fundo Imobiliário do Estado tem mais de três mil
prédios, imóveis! Não é vender, é fazer no Fundo Imobiliário uma economia
moderna, tem de vender ações no mercado, criar novas empresas, novos
investimentos! O principal é cobrar do Governo Federal os impostos devidos ao
Estado do Rio Grande do Sul, as desonerações das exportações, as recompensas
das rodovias federais, acabar com esses impostos provisórios que não têm
contrapartida para Estados e para Municípios! Fazer um acerto, Governadora
Yeda, sermos gaúchos fortes novamente e descontarmos dos juros das dívidas, que
são escorchantes! Por que é que nós temos de pagar, primeiro, a dívida ao
Governo Central, que tira tudo do Estado, para depois pagarmos os nossos
funcionários? Eu acompanhei muitos empresários que passaram por tremendas
dificuldades, eles deixaram, muitas vezes, de pagar impostos, mas não deixaram
de pagar seus funcionários. E nós temos de manter em dia os juros do Estado
para com a União em detrimento do desenvolvimento, do emprego, da dignidade do
povo gaúcho! Dessas medidas, ainda há a nossa dívida ativa de 17 bilhões de
reais; se cobrássemos sete e déssemos para os banqueiros a metade, ainda nos
sobrariam bilhões!
E, dessas medidas que eu falei, uma ou duas
resolvem o problema do Estado do Rio Grande do Sul. Eu vejo apenas uma dificuldade:
a vontade política de resolvermos, de maneira justa, de maneira correta, de
maneira republicana os nossos problemas. Muito obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Apregôo
Memorando nº 448, informando que o Ver. Carlos Comassetto estará representando
esta Câmara Municipal no documentário “A Tradição do Bará do Mercado”, a
realizar-se no dia 20 de novembro de 2007, às 15h30min, nos altos do Mercado
Público de Porto Alegre, nesta Capital.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre
Presidenta Maria Celeste, Vereadoras e Vereadores, hoje, 19 de novembro, é Dia
da Bandeira, e não devemos esquecer aquilo que nós cantamos: “símbolo augusto
da paz”. Símbolo da nossa Pátria, devemos reverenciá-la, devemos incentivar o
nosso civismo, que tanto precisamos fortalecer em nossa Cidade, em nosso País,
em nossa juventude. Portanto, salve o Dia da Bandeira!
O
Ver. Ervino Besson esteve aqui falando da Feira do Pêssego. Meus parabéns, é
mais um evento econômico de Porto Alegre e também é um evento turístico que a
Frente Parlamentar do Turismo vai tratar, vai melhorar, vai incrementar.
Mas
eu queria, Srª Presidenta, cumprimentar esta Casa - sim, cumprimentar esta
Casa -, porque na sexta-feira esta Casa
esteve trabalhando. Os Vereadores aqui estiveram, participaram de uma Sessão
Solene, trabalharam em seus gabinetes; outros estavam em seu trabalho nas
comunidades, na Feira do Pêssego, em tantas atividades que existem aqui em
Porto Alegre. Além de estar todo o dia aqui nesta Casa, no fim da tarde eu fui
ao Salão Náutico do Mercosul e lá pude verificar a imensa potencialidade que
esta Cidade tem. Portanto, Srª Presidenta, aceite os cumprimentos. O dia facultativo
que foi transferido, do Dia do Funcionário Público, não deveria ter ocorrido:
se o feriado facultativo cai no domingo, deveria ficar no domingo. Por que nós
devemos ter um feriado? Então, esta Casa está de parabéns, os Vereadores
trabalharam, foram responsáveis e estão trabalhando para o desenvolvimento da
nossa Capital. Srª Presidenta, aceite os nossos cumprimentos.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, a
Bancada do Partido dos Trabalhadores - Ver. Todeschini, Verª Margarete, Ver.
Marcelo, Ver. Guilherme, os presentes e os demais Vereadores que estão nos seus
gabinetes - quer se congratular com a lição que a oposição deu ao Governo
Yeda/Feijó na última Sessão da Assembléia Legislativa; não só ela, também
outros Vereadores e outras Bancadas. Eu concordo com o Ver. Luiz Braz: não
podem ter duas posturas, a de estarem no Governo, sustentarem o Governo e não
se responsabilizarem por ele. Mas há situações limites, e essa era uma situação
bastante importante para o Estado.
A
Governadora Yeda elegeu-se anunciando um novo jeito de governar, afirmou que
não aumentaria impostos, garantindo, prometendo literalmente. E ela vem
descumprindo, uma após a outra, as suas promessas. Disse que não ia privatizar
o Banrisul e começou um processo importante de abertura dos seus capitais.
Agora, o seu novo jeito de governar implica, sim, aumento substancial, depois
da tentativa de manter o tarifaço do Rigotto, que foi negado pela Assembléia,
porque o povo gaúcho exigia coerência. Ela teve mais uma derrota, e foi uma
derrota importante. Esse pacote da Governadora aumentava a alíquota do ICMS,
geral, para todos os produtos e serviços, de 17% para 18%; o telefone de 25%
para 30%; a gasolina de 25% para 30%; o gás veicular de 12% para 18%; o óleo
diesel de 12% para 13%; a energia elétrica - insonegável - de 25% para 30%;
bebidas e refrigerantes, que podem ser supérfluos, mas que, junto com esse
conjunto de aumentos, nos mostram que não há na verdade uma proposta que
diferencie, que privilegie alguns setores para o desenvolvimento deste Estado.
Nós
nunca afirmamos ser de toda forma ou absolutamente contra impostos. Achamos que
um aumento que seja redistributivo, que valorize em alguns produtos, que
diminua em outros que são do nosso Estado, que vão gerar riqueza e empregos, é
possível; ao mesmo tempo, em outros supérfluos, pode-se ajudar a sustentar o
Estado. No entanto, esse pacote não era discriminatório, nem induzia um
crescimento no Estado: sobretaxava o cidadão estadual, que já paga conta com
políticas desastrosas de redução em áreas essenciais como a Educação e a Saúde.
O quadro onde a Governadora propõe esse aumento é um quadro onde os salários
estão atrasados, onde os remédios básicos e continuados não são entregues. Em
Porto Alegre não são entregues à Saúde - que vive uma grave crise - mais de 30
milhões; a Governadora demite perigosamente funcionários da Emater; a Polícia
Estadual e a Brigada Militar fazem mobilização pelo desrespeito, pela
desvalorização; para o orçamento da Educação estão previstos 29% para o ano que
vem, e deveria ser 35%; para a Saúde, em vez de 12%, estão previstos 5%. Ao
lado do choro e do anúncio da ameaça da crise à que assisti hoje de manhã no
Instituto de Educação, por causa da não-aprovação do pacote; as coisas estão
assim. Tudo é justificado por uma crise que é produto, sim, das enormes
anistias fiscais concedidas neste Estado, da sonegação e da incapacidade de
cobrar os devedores, de controlar a sonegação, da não-proposta de crescimento
harmônico no Estado, da aprovação da Lei Kandir contra o voto do PT.
Então
é possível, a nossa Bancada liderou, sim, uma derrota, indicando que é possível
governar de um outro modo, mostrando que o modo de governar da Governadora Yeda
é velho. É velho e prejudica o Estado, retira recursos das questões básicas da
população. Então, Ver. Braz, diferente da sua fala no início da Sessão, o PT
não votou irresponsavelmente, apesar de coerente com a oposição; votou pelo Rio
Grande, votou pelos cidadãos e para exigir o novo jeito, de fato, de governar.
Esse velho já foi reprovado, só trouxe prejuízo ao Rio Grande. Por isso, nós o
rejeitamos. Parabéns à Assembléia Legislativa; o povo ainda tem em quem
confiar!
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
Na
triste Sessão da semana passada, houve um momento de grande euforia e de
sadismo da oposição quando, por 34 a zero, pela tentativa de retirada de
quórum... Houve uma festa na Assembléia porque o Rio Grande perdeu. E essa
festa repercutiu aqui no nosso Plenário. Quando se propõe imposto aqui...
Ninguém diz que lá em Brasília a CPMF está sendo negociada por Lula para perenizá-lo.
CPMF quer dizer Contribuição Provisória, que passará a ser um imposto
definitivo. Então, essa CPMF, esse imposto é também criado pelo Presidente
Lula. O Brasil hoje se encontra em lugar não muito vantajoso em relação ao
desenvolvimento e ao crescimento. Este ano, enquanto o nosso País vai crescer
no máximo entre 4% e 5%, os menores países da América do Sul estarão numa média
de 8% a 10% de crescimento. Espero que a Verª Sofia não se esqueça de que
Olívio Dutra também pediu que fossem aumentadas as alíquotas de ICMS.
(Aparte anti-regimental da Verª Sofia Cavedon.)
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Então, ele chamou de matriz tributária! A filial chamou de matriz! É uma coisa
um pouco difícil; um Governador que teve uma política absolutamente desastrosa,
como aquela de mandar embora a Ford. Yeda, acumulados trinta anos de desmandos
na área da Economia, enfrenta, com coragem, dizendo “não”; fazendo muitas vezes
aquilo que a sociedade não gostaria de fazer; tendo o gosto amargo das
negativas, porém não há outra maneira de consertar o Rio Grande.
Quanto
à Emater, dizer que foi enxugado e demitido perigosamente... Se demite e
enxuga, é perigoso; se contrata, é perigoso. Tudo é perigoso, não é? Nascer é
perigoso. Mais de 40% do Orçamento do Estado hoje vão para a Educação, aí eles
reduzem para 26%! Realmente, a questão sobre a Saúde é correta! Vossa
Excelência está correta, mas todos os Governos atrasaram, de uma forma ou
outra, as alíquotas da Saúde. Para uma felicidade sádica, o Partido dos
Trabalhadores festejou e festeja a crise do Estado; morre de rir, bate palmas,
pula. Esse mesmo Partido invadiu a Assembléia Legislativa e quebrou tudo quando
não gostou de uma decisão da Assembléia, quando o caminho democrático era o de
ir para o edifício ao lado e fazer o requerimento à Justiça, e não quebrar toda
a Assembléia como fizeram; de uma forma “civilizada e educada”, quebraram toda
a Assembléia.
Nós
temos uma coisa muito boa que é o esquecimento, mas, às vezes, Ver. Braz, a
gente lembra de algumas coisas, temos que refrescar a memória de alguns
Vereadores que vêm aqui dizer que o defeito está sempre nos outros. “Essas uvas
continuam muito verdes, nem os cães as podem tragar”.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu queria reafirmar um
convite que chegou para todos nós, Vereadoras e Vereadores, da Prefeitura de Porto
Alegre, para um evento extremamente interessante que vai acontecer em nossa
Cidade, que é o Encontro Internacional que vai tratar do Sistema Intermunicipal
de Capacitação em Planejamento da Gestão Local Participativa. Esse evento é
construído em parceria com a Rede Urbal e a Prefeitura de Porto Alegre, que
procura exatamente aproximar as experiências européias e latino-americanas ao
que acontece em Porto Alegre. O Encontro vai discutir o conjunto de
instrumentos que as Prefeituras travam hoje nas suas ações políticas em relação
à consolidação dos processos democráticos. Em Porto Alegre, serão tratados
todos os novos mecanismos de aprimoramento e das ações que buscam a maior
participação e a democracia em nossa Cidade.
Nós
sabemos que todo o debate que é feito hoje sobre a questão democrática reforça
a importância dos instrumentos democráticos, das instituições democráticas, da
democracia representativa e da democracia participativa. Porto Alegre sediará
esse evento sobre Gestão Democrática, trazendo uma enorme contribuição em nível
internacional, apresentando a experiência de intersetoralidade, de co-gestão,
de governança, sempre procurando incorporar o conceito de territorialidade na
aplicação das suas políticas públicas. Portanto, nesta quarta-feira pela manhã,
estão todos convidados, teremos a oportunidade de escutar inúmeros Prefeitos
latino-americanos e europeus, que vão apresentar as suas experiências, que vão
poder escutar sobre o avanço democrático do nosso Município.
Mas
queria ainda trazer duas importantes informações. A primeira delas se refere
aos mutirões que hoje restauram os nossos postos de saúde. Eu resgato aqui a
conclusão do Jardim Cascata e do Beco dos Coqueiros, duas demandas da
comunidade que são atendidas exatamente no processo de recuperação dos nossos
postos de saúde.
E
quero falar do avanço da política da primeira infância, das crianças na fase de
atendimento de berçários de creches, quero falar das crianças beneficiadas na
área dos arquipélagos. Todos nós sabemos que há uma situação de extrema pobreza
na região das Ilhas do arquipélago de Porto Alegre. E exatamente acho que nós
podemos comemorar um avanço importante na área educacional, com a reforma da
creche, que vai beneficiar as crianças das famílias de baixa renda das Ilhas. Nós,
com essa ampliação, aumentaremos a atenção para noventa crianças, com a meta de
chegar a cem crianças, só nessa fase da ampliação das creches que vão atender
as crianças das Ilhas do arquipélago da Cidade. Não é mais novidade, mesmo para
os leigos, o significado da educação infantil, da importância da atenção
educacional às crianças na faixa de zero a seis anos. Então, é mais um passo na
luta pela garantia da política educacional para as crianças de zero a seis anos
da nossa Cidade.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16
da TVCâmara, queria saudar a todos.
Primeiramente,
quero me redimir aqui, agradecendo ao meu querido colega Ver. Mario Fraga pela
cedência do seu tempo em Comunicações, para que eu falasse a respeito da Festa
do Pêssego no bairro Vila Nova. Muito obrigado, Ver. Mario Fraga, por ter-me
concedido o seu tempo, corrigi o erro que cometi antes. Muito obrigado.
Também
quero cumprimentar o Gabriel Centeno, nosso Presidente do Consepro/Vila Nova.
Gabriel, é um prazer recebê-lo aqui, parabéns pelas novas funções que está
exercendo, tenho certeza de que quem ganha com isso é a nossa segurança, é a
nossa cidade de Porto Alegre. Receba meu abraço.
Há
poucos dias, acho que a maioria dos Srs. Vereadores e das Sras
Vereadoras assistiu, em rede nacional, ao fato que aconteceu no Município de
Vale Verde. Nem sei de que Partido é o Prefeito de Vale Verde, nem me
interessei em saber. Nós não podemos aceitar, meus caros colegas Vereadores e
Vereadoras, pessoas que nos assistem pelo Canal 16, que em pleno século XXI
ocorram fatos como aos que assisti: milhares de pessoas, jovens, crianças
assistiam a um evento em Vale Verde, Município do Interior. Quero relatar uma
coisa que me chocou muito, porque eu sou uma pessoa do Interior, assim como
vários Vereadores o são, sabem o que representa até hoje o boi. A maioria dos
nossos agricultores, o nosso simples agricultor, como fui eu e tantas outras
pessoas que sobrevivem da agricultura, utiliza o boi para o arado, para
cultivar as nossas áreas produtivas. Vejam o evento no Município de Vale Verde:
eles pegam dois bois - meu caro Brasinha, V. Exª também é do Interior, é pessoa
uma simples -, colocam uma canga e fazem um cercado, com milhares de pessoas
assistindo, adultos, jovens, crianças, com os bois em um sofrimento terrível, e
as pessoas jogando, apostando qual boi vai cair primeiro. E ficam apostando.
Isso é proibido por lei. E os animais naquele sofrimento, com aquela canga,
pesada, que deveria ser colocada na cabeça das pessoas que fazem isso com aqueles
animais. Aí tem lá um cidadão, nem sei se devo chamar assim, porque essas
coisas me revoltam, com uma taquara, sei lá o que, com um prego na ponta,
fincando os animais.
Nós
assistimos à televisão, os animais com sangue correndo, sendo sacrificados.
Ora, isso em pleno século XXI. Não
podemos aceitar esse tipo de coisa! O Prefeito foi entrevistado e disse que era
simplesmente uma festa, um lazer para as pessoas, que os animais não sofriam.
Ora, caro Prefeito de Vale Verde, carregar aquele peso no pescoço não é
sofrimento?! Quando não agüenta mais, o boi deita, mas tem alguém com um pedaço
de pau com um prego na ponta cutucando-o para que ele se levante. O problema
está na Justiça, e eu acredito na nossa Justiça, acho que pessoas que praticam
essas atrocidades devem responder judicialmente. Não podemos aceitar esse tipo
de barbárie, com milhares de pessoas assistindo a isso em rede nacional! Como é
que as pessoas fazem um evento desse tipo, se o objetivo é divertir as
pessoas?!
Não
sei se falo em nome da Câmara; talvez, se me permitem os meus queridos colegas,
Vereadoras e Vereadores, eu possa falar em nome desta Casa, dos 36 Vereadores.
Pela nossa responsabilidade, não podemos aceitar esse tipo de coisa em pleno
século XXI, esse sofrimento, milhares de pessoas assistindo. Portanto fica aqui
o meu repúdio particular a esse evento que houve lá no Município de Vale Verde.
Mas confio na nossa Justiça, as pessoas, pelo menos, têm que ser chamadas de
uma forma muito dura, porque eventos como esses nós não podemos mais permitir,
aquelas pessoas, aquela jogatina, aquele evento... Até vou ficar por aqui
mesmo, porque senão vou dizer algo que não convém neste momento. Muito
obrigado, minha cara Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Para
ingressarmos na Ordem do Dia, solicito a abertura do painel eletrônico, para
que possamos verificar o quórum. (Pausa.) Solicito o fechamento do painel
eletrônico. Registro a presença de apenas 18 Vereadores, portanto não há quórum
para o ingresso na Ordem do Dia. Não há quórum para darmos continuidade a esta
Sessão.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h51min.)
* * * * *